Bem-vindos
Esta página pretende dar a conhecer algumas reflexões pessoais acerca do mundo que nos rodeia, referências de leituras, citações, pensamentos, imagens...
O melhor de tudo
Verdade, Amor, Razão, Merecimento
19-01-2010 23:05"A MENSAGEM"
TEMPOS DIFÍCEIS VÊM POR AÍ
15-09-2012 12:13
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As emoções fazem parte de nós não para nos (des)controlarem para estarem sobre o governo do amor, da fé e da esperança. No fundo todas as áreas da nossa vida são para ser vividas em equilíbrio e harmonia. O segredo desta inteireza do nosso ser está na dependência, confiança e obediência em Deus.
Louvem a Deus no seu santuário!
Louvem-no no firmamento, que é a sede do seu poder!
Louvem-no pelas obras poderosas que realiza!
Louvem-no pela sua grandeza inigualável!
Louvem-no com todos os instrumentos;
a trombeta, a lira e a harpa!
Louvem-no com pandeiretas e com danças,
Acompanhadas por instrumentos de cordas e flautas!
Louvem-nos com címbalos sonoros;
sim, com címbalos de som vibrante!
Tudo quanto respira louve o SENHOR!
Louvem o SENHOR!” (Salmo 150)
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A confissão da culpa não é natural. É muito mais frequente depararmo-nos com desculpas. Não tenho culpa! A culpa é da sociedade, da cultura, do meio ambiente, da escola, da família, dos genes. A listagem das desculpas é infindável na capacidade da imaginação do ser humano. Como tal é difícil encontrar alguém a apresentar um pedido de desculpas, quando esse gesto tão simples colocaria um ponto final em tantas desavenças, mágoas, represálias e vinganças.
Eu.
Atenciosamente
G. K. Chesterton
(Alma Sobrevivente; Philip Yancey, Mundo Cristão, pp. 61)
Por isso não é de estranhar que a morte de Jesus na cruz cause tanto impacto quer entre os religiosos como entre os assumidamente não religiosos. Toda a Bíblia se concentra no modo como Deus resolve a questão do pecado como ofensa à Sua natureza e um atentado contra a vida na sua inteireza, sem possibilidade de retorno por parte do ser humano. O homem condenou-se à morte mesmo tendo sido avisado com a devida antecedência pelo seu Criador.
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Existe um tempo próprio para tudo e há uma época para cada coisa debaixo do céu.
Há um tempo para nascer e um tempo para morrer;
um tempo para plantar e um tempo para colher o que se semeou;
um tempo para matar e um tempo para curar as feridas;
um tempo para destruir e um tempo para reconstruir;
um tempo para chorar e um tempo para rir;
um tempo para lamentar e um tempo para dançar de alegria;
um tempo para espalhar pedras e um tempo para as juntar;
um tempo para abraçar e um tempo para afastar quem se chega a nós;
um tempo para andar à procura e um tempo para perder;
um tempo para armazenar e um tempo para distribuir;
um tempo para rasgar e um tempo para coser;
um tempo para estar calado e um tempo para falar;
um tempo para amar e um tempo para odiar;
um tempo para a guerra e um tempo para a paz.
Já houve quem designasse o livro de Eclesiastes como “O livro mais mal-humorado da Bíblia”. Segundo Henrietta C. Mears no livro “Estudo Panorâmico da Bíblia” “Jesus é o princípio de tudo em Provérbios; ele é o fim de tudo em Eclesiastes ‘o summum bonum’ da vida.” Seguindo o pensamento da autora: “Não é preciso sair da Bíblia para encontrar a filosofia meramente humana da vida. Deus nos deu no livro de Eclesiastes o registo de tudo o que o pensamento humano e a religião natural já conseguiram descobrir a respeito do significado e do objetivo da vida. Os argumentos do livro, portanto, não são os argumentos de Deus e sim os registos de Deus dos argumentos do homem.” E mais adiante adiantando a conclusão que o próprio livro sapiencial da Bíblia encerra: “Precisamos conhecer a Deus cedo, se quisermos achar a vida digna de ser vivida.”
A descrição que a Bíblia nos apresenta da ação criadora de Deus no princípio refere que Ele descansou no último dia, o sétimo. “No sétimo dia, Deus tinha completado a sua obra e nesse sétimo dia Deus descansou de toda a obra que tinha vindo a fazer. Deus abençoou o sétimo dia e declarou que esse dia seria santo, pois foi quando repousou de toda a sua obra da criação.” (Génesis 2:2,3 – O Livro).
O descanso faz parte da nossa vida e deve ser observado escrupulosamente. Todos os dias são dias para adorarmos, louvarmos e vivermos com Deus em gratidão e dependência. Deus não é alguém de que nos aproximamos ou invocamos apenas quando estamos em dificuldade. Ele sempre está presente para todos em qualquer parte. O nosso privilégio é viver nessa consciência e nessa atitude. Mas o dia do descanso é um momento especial para celebrarmos o amor divino, a Sua provisão, cuidado, suporte e fazê-lo na companhia da família espiritual como um só corpo. Depois da morte e da ressurreição de Jesus o domingo é também um sinal dessa consumação do plano salvador do Deus trino que através de Jesus nos traz de volta à Sua intimidade.
As férias enquadram-se nesse reconhecimento social de que não fomos criados como máquinas mas como pessoas à imagem e semelhança de Deus. Como cristãos vemos as férias não como férias de Deus mas de férias com Deus.
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A pergunta foi formulada por Pilatos e dirigida à pessoa de Jesus a terminar uma interpelação sobre se Jesus era o rei dos judeus. A conversa é muito interessante porque Jesus usa as perguntas como resposta de Pilatos às suas próprias interrogações:
“Pilatos voltou para dentro do palácio e mandou que lhe levassem jesus. ‘És o rei dos judeus?’, perguntou-lhe.
Jesus replicou: ‘Perguntas isso de ti mesmo ou são outros que o querem saber?’
´Sou porventura judeu?’, replicou Pilatos. O teu povo e os principais sacerdotes é que te trouxeram aqui. Que fizeste?’
Então Jesus respondeu: ‘Não sou um rei terreno. Se o fosse, os meus discípulos teriam lutado, quando os judeus me prenderam. Mas o meu reino não é deste mundo.’
‘Então és rei?’, perguntou Pilatos.
Jesus respondeu: ‘Tens razão em dizer que sou rei. De facto, foi para isso que nasci. E vim para trazer a verdade ao mundo. Todos os que amam a verdade escutam a minha voz.’
‘O que é a verdade?’, perguntou Pilatos. Tornando a sair ao povo, anunciou: ‘Ele não é culpado de crime algum. Todavia, é vosso costume pedir-me que solte alguém da prisão todos os anos pela Páscoa.’ E perguntou: ‘Então, não querem que vos solte o rei dos judeus?’
Mas eles, em alta gritaria, responderam: ‘Não! Não soltes este, mas sim Barrabás!’ Barrabás era um salteador.” (João 18:33-40- OL).
Amar a verdade significa desejá-la acima de tudo e de todos, e mantê-la independentemente das reações que se possam levantar contra ela, o que estava precisamente a acontecer com os religiosos em relação a Jesus. Os religiosos e a multidão estavam declaradamente contra a verdade, e o governador romano estava mais preocupado com a sua popularidade, com a acusação que podiam levantar sobre ele perante o imperador. Jesus declarara-se rei e isso era intolerável por parte de um cidadão sobre o domínio de Roma. Mas Jesus não é um rei terreno, não é um rei deste mundo nem á semelhança das autoridades deste mundo.
Numa outra ocasião narrada por este mesmo evangelho Jesus disse para os Seus discípulos: “Sou eu o caminho. Sim, e a verdade e a vida. Ninguém pode chegar ao Pai sem ser através de mim.” (João 14:6 – OL). Numa outra oportunidade para os que entre a multidão criam Nele: “Serão verdadeiramente meus discípulos se viverem obedecendo aos meus ensinos. E conhecerão a verdade e a verdade vos tornará livres.” (João 8:31,32 – OL).
Ainda hoje é assim. A verdade em termos espirituais não é um postulado filosófico ou um enunciado religioso. A verdade é a Pessoa que criou os céus e a terra, que participou com o Pai e o Espírito Santo na criação do homem e da mulher, e que tomou a forma humana para nos dar a conhecer Deus e o Seu amor, o nosso estado deplorável porque fomos criados para refletir a glória do Senhor dos céus e da terra e fomos dela destituídos, e pela Sua morte nos trazer de volta à harmonia com o Deus trino. Você ama a verdade? Escute a voz de Jesus!
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O povo de Israel preparava-se para a entrada na terra prometida que mana leite e mel, mas o Libertador que os arrancara com mão poderosa do cativeiro egípcio e os protegera ao longo de todo o caminho pelo deserto, alerta-os para o que a eles incumbe ter em atenção passando esse conhecimento recebido de geração em geração.
O primeiro princípio está focado na autoridade Daquele que fala e comunica os valores pelos quais eles devem viver, no que é conhecido pela shema: “Ouve, Israel: só o SENHOR e apenas ele é o nosso Deus” (v. 4 – OL).
O segundo princípio está no facto de que para sabermos precisamos aprender, e para aprender temos de assumir a responsabilidade de sermos educadores. O que ensinamos nesta dimensão superior vem do próprio Deus, mas ainda assim é necessário tomarmos na nossa mão essa incumbência que Ele mesmo nos transmite. “O SENHOR, vosso Deus, disse-me para vos dar todos estes estatutos que devem cumprir na terra onde em breve vão entrar e onde vão passar a viver” (v. 1).
O terceiro princípio está no fato de que não basta teoria é preciso pôr em prática.
O quarto princípio está patente na universalidade da prática que todos sem exceção devem atender. Sejam pais sejam filhos, sejam líderes ou sejam liderados, sejam homem ou mulher, sejam anciãos ou meninos. Todos estão abrangidos pela sua vivência. “A finalidade desses preceitos é levar-vos, a vocês, aos vossos filhos e aos vossos descendentes a temer ao SENHOR, vosso Deus, através da obediência às suas instruções todo o tempo que viverem” (v. 2).
O quinto princípio é que a observância desses princípios de vida terá resultados que estão a eles vinculados. Hoje continuamos a ter a noção que os resultados são um fator importante na motivação da sua observância. “Se obedecerem a estes regulamentos tornar-se-ão numa grande nação nessa terra onde jorra leite e mel, tal como vos prometeu o SENHOR, Deus de vossos pais” (v. 2b).
O sexto princípio consiste numa perfeita síntese de todos os valores que devem presidir às suas vidas e que reside num relacionamento pessoal que se por um lado suscita o temor do Senhor, por outro lado é respondido com um amor de todo o coração, com toda a mente e com todas as forças. “Ama o SENHOR, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua força” (v. 5).
O sétimo princípio pode causar alguma admiração em relação às teorias da educação modernas e às pós-modernas, embora sem razão de ser, porque o Seu Autor sabe muito bem como nos criou e como é que nós aprendemos. A aprendizagem é contínua e deve estar presente em todos os contextos. O reforço é imprescindível. O recurso a meios áudio visuais deve ser levado em consideração. O diálogo deve acompanhar o desenvolvimento e a consolidação das aprendizagens. “Ensinem-nas aos vossos filhos; falem nelas quando estiverem em casa, fora ou caminhando. Que seja a última coisa que fazem o deitar e a primeira ao levantar no dia seguinte. Que elas vos acompanhem como um sinal que atam a um dedo, como uma marca que esteja inscrita nas vossas testas. Que os vossos lares sejam conhecidos por terem essas leis escritas à entrada” (vs 6-8).
O texto tem muito mais para analisarmos e observamos mas terminamos com a realidade de que a experiência que suporta a recetividade dos valores e que no caso presente tinham a marca do sobrenatural nas pragas do Egito que antecederam a libertação, na travessia do Mar Vermelho a pé enxuto, no maná como alimento através da travessia do deserto, na água que brotou da rocha, na visão aterradora das manifestações de Deus no monte Sinai, nas tábuas da lei, no julgamento divino perante a idolatria e a incredulidade; tenderia no futuro a perder o seu impacto porque para as novas gerações seriam apenas passado. Manter vivas essas memórias e alimentar uma experiência diária com Deus seria decisivo para lutar contra o esquecimento. A transmissão oral e o relato das maravilhas realizadas pelo SSENHOR seriam a resposta à pergunta das futuras gerações: “Para que servem todas estas leis, mandamentos e preceitos que o SENHOR, nosso Deus, nos deu? (v. 20).
Hoje em dia a aprendizagem procura pautar-se e desdobrar-se em quatro grandes dimensões que estão aqui bem expressas: Saber, Saber fazer, Saber ser e Saber aprender. Passemos de geração em geração a Palavra de Deus e uma relação pessoal com o Deus trino de quem somos imagem e semelhança.
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Nesse princípio Deus criou o homem e a mulher à Sua imagem e semelhança, e nessa imagem e semelhança existe uma complementaridade e correspondência entre o homem e a mulher. Ambos iguais em valor diante do Criador. Ambos criados para um relacionamento pessoal com o Deus trino, que desde toda a eternidade existem em amor e santidade. Fomos feitos para esse amor, e para viver entre nós a partir desse amor.
O homem e a mulher transgrediram e quiseram fazer as coisas à sua maneira. Insurgiram-se contra a orientação divina amorosa e perfeitamente razoável. Não foi para a ciência do bem e do mal que Deus nos criou, mas o Seu perfeito amor. Deus já sabia que as coisas seriam assim na Sua omnisciência e ainda assim não desistiu de nos criar. Perante essa tragédia de proporções eternas Ele haveria de na segunda pessoa da Trindade assumir sobre Si todas as consequências do mal, da transgressão, da desobediência, da inimizade e da afronta ao Criador. Jesus veio assumindo a forma humana e na cruz venceu a morte, derrotou definitivamente a maldade, e triunfou sobre todas as suas potestades. Escancarou-nos as portas para uma nova vida em amor, liberdade, santidade, carinho, afeto e bondade.
Em Jesus recebemos a autoridade para poder viver em conformidade com o Sermão da Montanha, as bem-aventuras e o fruto do Espírito.
Vivemos em Portugal uma escalada da violência doméstica com a morte de mais de uma dezena de mulheres desde o início deste ano. É um quadro negro e assustador. Muitas podem ser as causas inventariadas em termos sociológicos e culturais, mas no nosso entender existem fatores de ordem espiritual que devem ser levados a sério.
O temor do Senhor, o respeito devido ao Criador, a consciência de que existe um Ser Supremo perante o qual somos responsáveis e a quem temos de prestar contas, mais do que nos tribunais humanos, é determinante. Não se trata de medo, mas do respeito devido ao Ser que a todos nos criou em pé de igualdade, como pessoas que temos a Sua imagem e semelhança, mesmo que desfigurados pelo pecado como neste caso se pode constatar. (Salmo 111:10)
O poder transformador do sangue que Jesus Cristo derramou na cruz, para nos purificar de todo o pecado quando, arrependidos nos aproximamos Dele, para um processo genuíno de conversão, de mudança do nosso interior. Transformar o coração de um homem é impossível para os recursos humanos, mas o poder de Deus não conhece limites. “O temor do Senhor é o fundamento da sabedoria.” (2 Coríntios 5:17 – O Livro).
A moral e a ética cristã em que ressalta a vida conjugal e em família, a fidelidade matrimonial, o amor sacrificial, o perdão, o respeito mútuo, a dignidade de cada um dos cônjuges e dos filhos como imago dei que é mais do que qualquer declaração de direitos humanos pode estabelecer. (Efésios 5:22-33).
A presença do Espírito Santo na vida dos filhos de Deus em Jesus Cristo é determinante no fruto que gera: “Mas o fruto que o Espírito produz em nós é: o amor, a alegria, a paz, a paciência, a bondade, a delicadeza no trato com os outros, a fidelidade, a brandura, o domínio de si próprio.” (Gálatas 5:22, 23 – O Livro).
A Igreja como família de famílias dá uma contribuição que não pode ser negligenciada. Os relacionamentos, as amizades, os compromissos fraternais, o envolvimento nas dinâmicas que se desenvolvem. A rede de suporte é um fator positivo, porque todos carecemos de pessoas que se interessam por nós e que conhecem a Deus. (Romanos 12:15)
O título é retirado de uma resposta de Jesus aos religiosos do seu tempo sobre a família e sobre a possibilidade de os homens poderem divorciar-se da sua mulher, face à lei mosaica. A resposta é sugestiva e coloca-nos diante do que Jesus veio restaurar, mediante a Sua vida, morte e ressurreição, um novo princípio em sintonia com a harmonia do princípio.
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Vários tentaram a tarefa de provar que Jesus não ressuscitou dos mortos. Um deles está registado no livro Quem Moveu a Pedra?, escrito por Frank Morrison, um periodista inglês que se dispôs a demonstrar que a história da ressurreição de Cristo era um mito. As suas investigações levaram-no à fé no Cristo ressuscitado. O primeiro capítulo tem o título sugestivo “O livro que se negou a deixar-se escrever”. Muitos outros tentaram esta façanha e esbarraram com as evidências que percorrem todo o Novo Testamento. Aliás, não é possível explicar a Igreja sem a realidade da ressurreição.
A ressurreição, é o principal de todos os sinais da singularidade e exclusividade de Cristo. Todos os grandes vultos da história da humanidade morreram e os seus restos mortais estão aí a comprová-lo. O túmulo de Jesus está vazio!
Teria sido muito fácil, demasiado fácil, acabar de vez com a igreja nascente e o testemunho intrépido dos discípulos, fazendo desfilar o corpo do Nazareno pelas ruas de Jerusalém. Ninguém o fez porque não o podiam fazer. Os religiosos judeus só não o fizeram porque não era possível fazê-lo. Os romanos também alinhariam nessa prova incontestável para limpar a afronta do selo romano quebrado na sepultura porque um anjo removeu a pedra, transportando-a para cima, com um peso calculado em duas toneladas, segundo a obra Evidência que Exige um Veredito (volume 1), de Josh McDowell, e dos guardas que desertaram com a insinuação religiosa de que os discípulos tinham vindo de noite, e roubado o corpo. Que vexame para a bem preparada escolta militar romana. Ao contrário os discípulos estavam dispostos a sofrer o martírio por causa daquilo que sabiam ser a verdade e que em consciência não podiam negar, isto depois da sua debandada após a crucificação do Mestre. Como alguns apologetas cristãos referem, alguém pode estar disposto a morrer por algo que pensa ser verdadeiro quando é algo, mas ninguém se dispõe a morrer por algo que sabe ser mentira.
Maomé também tentou passados sete séculos reescrever a história no seu ponto fulcral, negando que Jesus tivesse morrido, e portanto também não teria ressuscitado. Logicamente decidimos pelo testemunho dos discípulos de Jesus, do que por algum depoimento ou revelação depois de tantos séculos.
Na realidade o mais importante da ressurreição de Jesus é que ela vem acompanhada com milhões de testemunhos de pessoas que foram transformadas pelo mesmo poder que o ressuscitou. Paulo fala disso na sua carta aos Efésios: “E, mais ainda, para se darem conta do ilimitado poder que dispõe a nosso favor, nós os que cremos em resultado da ação dessa força divina que nos transformou. Esse poder grandioso foi também o que ressuscitou a Cristo, levantando-o dentre os mortos e colocando-o à direita de Deus nos domínios celestiais e acima de todo e qualquer chefe e autoridade, acima de todo o poder e governo que possa existir. Deus colocou tudo o que existe no universo sob a autoridade de Cristo, e fez dele a cabeça de todas as coisas, para benefício da igreja, a qual é o seu corpo; é ele que a enche com a sua presença, como também enche todas as coisas em todo o lugar.” (Efésios 1:19-23 – OL).
A ressurreição é a certeza da nossa esperança, o seu fundamento sólido. “Porque Ele vive posso confiar, porque ele vive não temerei” é a letra de uma música evangélica em torno desta verdade. A Sua ressurreição é a nossa certeza de vida eterna, que começa aqui e permanece para todo o sempre nas moradas que nos foi preparar. O capítulo quinze da primeira carta aos Coríntios termina com este brado de júbilo: “Como estamos gratos a Deus por tudo isso! Foi ele que nos tornou vitoriosos por meio de Jesus Cristo nosso Senhor!” (v. 57 – OL).
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Sendo paralítico certamente ficava em desvantagem em relação aos restantes, acrescentando-se não ter ninguém que o ajudasse, que o pegasse ao colo, que lhe emprestasse um braço e uma mão amigos. Ainda assim ele se esforçava, ele procurava ultrapassar as suas limitações e alcançar a cura. Depois de todos estes muitos anos eis que aparece alguém que ele não conhece e lhe pergunta se quer ser curado.
Diante deste quadro de incapacidade Jesus ordena-lhe: “Levanta-te, toma o teu leito e anda”. O relato evangélico continua referindo que “Imediatamente o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar.” Esta obediência é para aquele tempo muito significativa porque tratava-se de um sábado e, segundo as tradições religiosas, não era permitido carregar a sua esteira. Diante do milagre experimentado, e apesar de não conhecer a pessoa que lhe dera semelhante ordem, ele percebia que tinha necessariamente autoridade para lhe dizer o que dissera, e a única resposta era fazer o que lhe havia sido ordenado.
Entretanto a misteriosa pessoa que tinha realizado a sua cura desaparecera sem que o homem soubesse quem era, e sem tempo sequer para agradecer. Mas mais tarde Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: “Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior”. O que é que poderia ser pior do que viver como paralítico e esperar um toque sobrenatural há trinta e oito anos sem qualquer resultado? A única possibilidade é viver eternamente separado de Deus, consequência do pecado na sua vida.
Jesus veio para proporcionar cura física e bem-estar emocional, para saciar a fome de pão e para lidar com circunstâncias adversas como foi o caso de tempestades que foram acalmadas. Mas mais do que isso tudo Jesus veio para ser a solução para o maior de todos os problemas de cada ser humano: o perdão dos pecados e a possibilidade de viver uma vida libertos da sua tirania e da sua consequência eterna.
Numa outra ocasião uma mulher foi arrastada por um grupo de religiosos diante de Jesus sob a acusação de ter sido apanhada em adultério (João 8), e tentando forçar Jesus a aplicar a lei mosaica do apedrejamento, fazendo-o de má e quebrando a própria lei que invocavam, porque se esqueceram (!?) do adúltero. Como eles insistissem Jesus lançou-lhes um repto: “Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire a pedra”. Diante deste desafio e porque a sua consciência lhes pesava e de algum modo sentiam que não podiam enganar a pessoa de Jesus, “foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava.” É nessa altura que Jesus levantando os olhos do chão onde escrevia o que o evangelista não nos dá a conhecer, dirige-se à mulher e diz-lhe: “Vai, e não peques mais.”
Na verdade na dimensão espiritual do nosso relacionamento com Deus e que se repercute em todos os aspetos da vida do homem, a atitude não é apenas prevenir, mas resolver pela raiz o problema buscando de Deus o perdão, e vivendo a partir daí uma nova vida. É que para o pecado não há remendo, mas há uma solução radical em Jesus Cristo que morreu precisamente para remover de nós o pecado e cada um dos pecados, através de um perdão radical. Receba agora o seu milagre! Peça perdão a Deus de tudo o que fez contra a Sua vontade, e receba em Jesus o seu perdão absoluto.
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A cosmovisão bíblica é um recurso simples, sintético, claro, de fácil compreensão, abrangente da narrativa bíblica de capa a capa, para utilizar na partilha da fé, e na compreensão de cada parte da Bíblia no seu todo, no modo como lidamos com a vida cristã e os relacionamentos sociais.
Em primeiro a cosmovisão bíblica começa pela declaração de que Deus é o criador de tudo o que existe, dos céus e da terra, da vida, dos animais e do homem. E toda a criação que Deus fez é por Ele mesmo considerada como boa no que diz respeito aos vários elementos que preparam a habitação do homem como coroa dessa criação. Ao criar o homem e a mulher à sua imagem e semelhança Deus avalia toda a Sua criação declarando: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom” (Génesis 1:31). Esse Deus que começa por se revelar pelas Suas obras, pela Sua criação, é um Deus bom, generoso, que prepara todas as condições para que o homem esteja em casa e seja a Sua imagem e semelhança (não é demais registarmos esse fato).
Em segundo lugar nesta criação perfeita quando criou o homem e a mulher Deus não criou um autómato ou um robot. Deus concedeu ao homem o supremo dom da liberdade o que implicava decidir ao contrário de Deus. Mas ao mesmo tempo como não poderia deixar de ser, isso acarretaria a morte. Tudo é criado conforme a natureza divina. O que contraria essa matriz provocaria a morte. Deus avisou o homem dessa possibilidade. A condição era que o homem e a mulher não comessem de uma árvore muito específica colocada no jardim por Deus que também a criou, a árvore da ciência do bem e do mal. Muitas são as interpretações dadas, a nós apela-nos bastante a ideia de que o homem e a mulher não foram criados para regras e para decisões decididas em função da análise e conjugação delas. O homem e a mulher foram criados para fluir em harmonia segundo a natureza recebida de Deus e em sintonia com Ele, sem qualquer desvio e sem qualquer hesitação. Ao ter comido do fruto pela tentação de um agente que já se tinha rebelado contra o Criador pretendendo usurpar a Sua divindade, o que de todo é um absurdo e loucura. Deus é Deus e não é possível pensar num Deus de Deus. A natureza do homem ficou corrompida, e a partir daí entrámos numa era marcada pela violência, prepotência, discriminação, ofensa, em rebeldia e oposição à essência de amor, justiça e santidade divinas.
Em terceiro lugar Deus não ficou de braços cruzados, nem entregou o homem a si mesmo e às consequências mortíferas da sua escolha. Deus desde logo foi em busca do homem, confrontou-o com a sua escolha, decretou as consequências da desobediência, mas ao mesmo tempo acendeu a luz da esperança que aconteceria do descendente da mulher, tendo-o dito ao tentador que provocou esta tragédia: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.” (Génesis 3:15 – JFA). A história da salvação vai-se desenrolando até ao tempo próprio em que Deus nasce de uma mulher – Maria, e vem como Homem viver entre nós. Nessa existência terrena suscitou a oposição de religiosos e não religiosos, ao ponto de ter sido exigida a sua crucificação em que se mancomunaram os religiosos, políticos e a multidão. Jesus é condenado à cruz, mas essa condenação é ao mesmo tempo uma decisão assumida no seio da trindade – Pai, Filho e Espírito Santo, antes da fundação do mundo. Jesus assume a nossa morte, e vence-a ressuscitando ao terceiro dia. Essa morte coloca-nos diante da reconciliação, justificação, transformação, redenção, resgate, libertação. Em Jesus somos feitos filhos de Deus, uma nova criação. Recebemos uma nova natureza. A partir dela somos destinados a viver uma nova vida pela graça divina, em obediência e pela influência do Espírito que gera em nós o fruto próprio da natureza divina. Essa nova vida implica um conflito permanente entre a velha e a nova natureza, o que a Bíblia chama de carne e de Espírito (Gálatas 5:17). Isso significa que como cristãos não andamos segundo o que podemos ou não sentir, segundo a opinião dominante e a cultura, mas de acordo com o que Deus nos diz. Algumas vezes isso provoca tensões e sofrimento, que é lidado numa relação pessoal de intimidade com Deus, na dependência do Espírito, na interiorização da revelação escrita e com companheiros de corrida num processo de discipulado. A própria Bíblia nos orienta nesse sentido ensinando-nos a levar as cargas uns dos outros (Gálatas 6:2).
Em quarto e último lugar aguardamos com expetativa a segunda vinda de Jesus e uma nova era com novos céus e nova terra em que habita a justiça (2 Pedro 3:13). Segundo a Bíblia as coisas nem sempre foram assim, e um dia serão radicalmente diferentes, entretanto vivemos entre o já e o ainda não. Sejamos compreensivos, compassivos, misericordiosos, em aceitação incondicional, na afirmação da verdade em amor, e sabendo a nosso respeito e dos nossos irmãos do caminho que “aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao dia de Cristo Jesus” (Filipenses 1:6 – JFA).
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Ananias que foi enviado por Deus ao encontro de Saulo que ficara cego depois da luz intensa que o atingiu, argumentou à ordem divina: “Senhor, de muitos tenho ouvido a respeito desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e para aqui trouxe autorização dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome.” (Atos 9:13,14 – JFA). Quando inesperadamente Paulo começa a pregar nas sinagogas, a Jesus, afirmando que este é o Filho de Deus, todos os que o ouviam estavam atónitos, e diziam: Não é este o que exterminava em Jerusalém aos que invocavam o nome de Jesus, e para aqui veio precisamente com o fim de os levar amarrados aos principais sacerdotes.” (Atos 9:20,21 – JFA).
A conversão de Saulo é um milagre que nem os mais fervorosos discípulos alguma vez esperavam. Tanto quanto se sabe ninguém tomava a iniciativa de ir ao encontro de Saulo para lhe falar da fé, e levá-lo à conversão – o resultado todos nós percebemos qual seria. Por isso o próprio Jesus o confronta: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (Atos 9:4 – JFA). Acreditamos que devido ao ensino geral da Bíblia, os próprios seguidores de Jesus, perseguidos e martirizados, oravam a favor da conversão de Saulo, mas embora sabendo que Deus faz o que ninguém pode fazer, era algo que não se esperavam viesse a acontecer.
A mudança de vida de Saulo mostra-nos como Deus pode fazer o que nós não acreditamos que possa acontecer. E não falamos isto em relação à vida dos outros no que somos a maior parte das vezes muito ligeiros. Consideramos muito rapidamente que este ou aquele precisam mudar de vida, alterar determinados hábitos, ter outras posturas e valores. A questão é pessoal. Somos nós que temos de mudar. Podemos não ser perseguidores. Podemos até ser muito tolerantes, pluralistas e relativistas em termos religiosos e éticos. Mas a questão em termos de evangelho é outra. Antes de tudo o mais trata-se da nossa reação pessoal a Jesus Cristo, e da nossa necessidade intrínseca de um Salvador e Senhor.
Acredito que alguns que lêm este apontamento não consideram a urgência de salvação. Não se consideram perdidos, para que sejam encontrados. Não se consideram em perigo, para que sejam resgatados. Não se consideram prisioneiros, para que sejam libertos. Julgam até que isso é paranoia de alguns segmentos extremistas cristãos.
A situação muda completamente de figura quando nos deparamos com a pessoa de Jesus, com a Sua vida, os Seus ensinos, a Sua identidade, a Sua mensagem, a Sua morte e a Sua ressurreição. Jesus abriu-nos os horizontes para a dimensão da eternidade. Afirmou de si mesmo que já existia antes do homem, que tinha um relacionamento de proximidade absoluta com o Pai e com o Espírito Santo. A Sua vida é acompanhada do sobrenatural. Todos nós estamos amputados dessa vida, dessa realidade, dessa dimensão que só pode ser alcançada mediante Aquele que é a origem e fonte dessa vida. Com Jesus alcançamos uma qualidade de vida que não podemos ter de qualquer outro modo. Face à pessoa de Jesus temos de nos converter da nossa vida pequena e estreita, dos nossos pecados, e sermos mudados por dentro. Não se trata apenas de vivermos de outra forma, mas de sermos pessoas diferentes para vivermos de forma diferente. Isso é o Evangelho.
Assim sendo o apóstolo Paulo dirige-se à Igreja em Filipos e escreve-lhes dizendo: “esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prémio da soberana vocação de Deus.” (Filipenses 3:13,14 – JFA).
No início de um novo ano nada melhor do que assumir esta postura e continuar de olhos postos em Jesus, a caminhar para a excelência do Seu caráter, que é formado em nós pela Sua palavra e pelo Seu Espírito.
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Toda a Bíblia mostra que Deus nunca virou as costas ao homem e à mulher, criados à Sua imagem e semelhança. O homem preferiu fazer o contrário do que Deus lhe tinha dito para fazer, ao comer da árvore da ciência do bem e do mal. Nada diferente do que todos nós continuamos a fazer. A partir da primeira desobediência no jardim do Éden o comportamento do homem e da mulher, precipitou-se afastando-se cada vez mais da vontade divina. O problema do homem não consiste em não saber como deve viver. Tem uma consciência que lhe serve de bússola, tem os dez mandamentos e a revelação bíblica das consequências tipificadas na vida de homens e de mulheres em vários momentos e contextos.
A questão é mais profunda. Está dentro da sua natureza espiritual, no que o homem é. E isso não se muda pela parte de fora. Não basta a educação e a instrução, a doutrinação ou os constrangimentos socioculturais.
No plano divino a solução passava pela presença de Deus entre os homens, pelo Emanuel – Deus connosco! Jesus apareceu entre nós. Nasceu como todos os homens. Comeu à nossa mesa. Multiplicou e partiu o nosso pão. Bebeu do nosso vinho. Sentou-se à mesa com religiosos e pecadores. E, finalmente, usou o pão e o vinho como símbolos do Seu corpo e do Seu sangue, na Sua morte. Sim, experimentou a nossa morte. Não tinha de morrer, como não tinha de nascer como homem. Não tinha de ser rejeitado e ofendido. Não tinha que usar uma coroa de espinhos. Não tinha que ser julgado por um tribunal injusto. Não tinha que enfrentar políticos corruptos. Não tinha que responder às insinuações preconceituosas e hipócritas dos aparentemente poderosos. Não tinha que chorar as nossas lágrimas. Não tinha que ser acusado de fazer o que fazia pelo poder dos demónios. Não tinha que ser pendurado numa cruz. Não tinha que ser depositado num túmulo.
Mas veio. Não se poupou a nada. Sofreu tudo o que de pior poderia ter experimentado, às mãos das Suas criaturas. Com uma só palavra, um só gesto, um só pestanejar poderia reduzir a pós os Seus detratores. Mas como o profeta Isaías escreveu cerca de séculos antes da crucificação de Jesus: “O seu aspecto não tinha qualquer atractivo. Era desprezado e abandonado pelos homens, como alguém está cheio de dores e habituado ao sofrimento, e para o qual se evita olhar. Era desprezado e tratado sem nenhuma consideração. Na verdade ele suportava os nossos sofrimentos e carregava as dores, que nos eram devidas. Mas ele foi trespassado por causa das nossas faltas, aniquilado por causa das nossas culpas. O castigo que nos devia redimir caiu sobre ele; ele recebeu os golpes e nós fomos poupados. Todos nós vagueávamos como rebanho perdido, cada qual seguindo o seu caminho; mas o SENHOR carregou sobre ele as consequências de todas as nossas faltas. Foi vexado e humilhado, mas a sua boca não se abriu para protestar; como um cordeiro que é levado ao matadouro ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador, a sua boca não se abriu para protestar. Levaram-nos à força e sem resistência nem defesa; quem é que se preocupou com a sua sorte?”. (Isaías 53:3-8 – BPT).
Toda a crueldade, toda a injustiça, toda a maldade da raça humana está espelhada no modo como nós tratámos e nós ainda hoje tratamos a pessoa de Deus entre nós – Jesus Cristo, o Filho de Deus. De igual formam, do modo como O tratamos depende a nossa vida aqui e na eternidade. Se O aceitarmos e nos comprometermos com Ele temos a vida eterna. É aqui precisamente que o NATAL acontece. Jesus veio para mudar-nos por dentro, e levar-nos a uma nova vida. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Essa imagem e semelhança estão espelhadas de forma única em Jesus Cristo. É Nele e por Ele que essa imagem e semelhança são restauradas. Nascemos para sermos filhos de Deus e termos em Deus o nosso Pai.
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Os discípulos conheciam a oração. Tinham como nós temos no que chamamos de Velho Testamento, uma vasta coletânea de orações que marcaram a história e marcaram a vida da nação, das famílias e dos indivíduos. Orações em múltiplas situações: no cume das vitórias e nos vales apertados da sombra e da morte.
Os discípulos conheciam as histórias dos doutorados na religião. Jesus inclusive contou uma história que envolvia um doutor da lei e um publicano(Lucas 18.9-14). Uma descrição de duas orações distintas, uma de autossuficiência baseada no desempenho religioso e de comparação com os demais; e outra de humildade, contrição e arrependimento. Jesus declarou de forma certamente chocante para alguns dos seus ouvintes, que a segunda tinha sido atendida e encontrado justificação em Deus.
Ainda assim os discípulos de Jesus percebiam uma diferença notória entre tudo o que conheciam da oração, e a forma como Jesus se dirigia ao Pai, por isso pediram a Jesus que os ensinasse a orar.
Encontramos no chamado Sermão da Montanha a oração conhecida do “Pai nosso”.
“Nosso Pai que está nos céus,
que o teu santo nome seja honrado.
Venha o teu reino.
Que a tua vontade seja feita aqui na Terra,
tal como é feita no céu.
Dá-nos o pão para o nosso alimento de hoje.
Perdoa-nos as nossas ofensas,
assim como perdoamos os que nos ofendem.
E não deixes que caiamos em tentação,
Mas livra-nos do Maligno.” (Mateus 6.9-13 – O Livro)
Só a maneira de se dirigir a Deus que é estendido a todos nós, é verdadeira e genuinamente particular. Deus como Pai de todos nós. “PAI NOSSO”! Poderíamos pensar que tal seria apenas prorrogativa de Jesus, como o Filho de Deus. Mas Jesus veio para nos dar a possibilidade a todos de sermos feitos filhos de Deus, através dele. “(…) a todos quanto o receberam deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus. Bastava confiarem nele como Salvador. Esses nascem de novo, não no corpo nem de geração humana, mas pela vontade de Deus.” (João 1.13,13 – O Livro)
Todos nós nos podemos dirigir a Deus dessa forma através de Jesus. Quando oramos devemos orar na consciência que fazemos parte de uma família, consciência de que não estamos a orar a um Deus distante e indiferente. Mas até a oração espontânea do coração que se derrama diante de Deus se pode tornar mecânica, uma rotina repetitiva. Todos nós sem exceção temos que cuidar do nosso coração, mente e vontade. Confiados na soberania amorosa de Deus e da Sua provisão, bem como do Seu perdão em articulação com a nossa disposição em sermos perdoadores, confessamos que carecemos de depender Dele para lidarmos com todas as formas de sedução do mal.
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O primeiro casal não resistiu à investida tentadora da serpente, e contrariou o plano e o propósito divino de vida no jardim em harmonia com o Criador, a natureza e a geração humana. A imagem e semelhança de Deus inscrita na criação do homem, foi corrompida. O homem deixou de refletir a glória de Deus na perfeição pretendida. Mas Deus feito homem – Jesus Cristo, já não num jardim mas no deserto enfrentou a astuta tentação do Diabo, e não cedeu às suas investidas. No último assalto o agente maligno tentou um golpe fatal: “O Diabo levou-o ainda a um monte muito alto, mostrou-lhe dali todos os países do mundo com as suas gradezas e disse: ‘Tudo isto te darei se de joelhos me adorares.’ Jesus respondeu-lhe: ‘Vai-te Satanás! A Escritura diz: Adorarás o Senhor teu Deus e só a ele prestarás culto.’” (Mateus 4:8-10 – BPT). Em boa verdade o maioral dos demónios não é dono de nada, porque não é criador de coisa alguma. Ele é uma criação que aspirou a ser divino, ou a colocar-se acima de Deus. A narrativa exprime a louca desfaçatez de tentar Jesus a adorá-lo em troca do sistema mundial. O que podemos considerar como atrevimento abjeto, é no fim de contas o que de formas subtis tantas vezes o ser humano acaba por fazer na sua relação com Deus.
O Diabo é ardiloso. A imagem que a cultura e a tradição apresentam deste ser sinistro, não corresponde ao que a Bíblia apresenta. O arqui-inimigo de Deus tem a faculdade de apresentar-se como um anjo de luz (2 Coríntios 11:14). E dessa forma procura seduzir os incautos que não levam a sério a Palavra de Deus. Jesus enfrentou o maligno com o que está escrito na Bíblia, e esta mesma Palavra adverte-nos desde o Antigo Testamento (Levítico 20:27), que não nos podemos deixar enredar pela curiosidade e pelas práticas em que o Diabo se infiltra em todos os domínios do oculto: consulta dos mortos, mediunidade, necromancia, espiritismo, animismo, adivinhação, magia, leitura de cartas, horóscopo, feitiçarias, … E até nas pretensamente inofensivas práticas do ioga, da meditação transcendental, reiki, …
Em Jesus não estamos à mercê das investidas satânicas. Basta-nos observar o princípio bíblico: “Portanto, sejam submissos a Deus e resistam ao Diabo, que ele fugirá de vós.” (Tiago 4:17 – BPT). Da mesma forma como a noite é dissipada pela luz do sol, ou as trevas são afugentadas quando se acende uma luz ou se abre a janela apara que ela jorre para dentro do aposento, do mesmo modo as forças pessoais do mal fogem quando vivemos na vontade divina e recusamos o que é de procedência maligna.
Pode parecer à primeira vista que os demónios estão mais civilizados, ou fora de circulação, mas trata-se de puro engano. O Diabo tem a capacidade de disfarçar-se e tem muito mais capacidade de mimetismo do que um camaleão. Quem é de Jesus não vive intimidado ou amedrontado com as suas artimanhas. Sempre que Jesus enfrentou as manobras e as obras do Diabo, trouxe libertação e cura, paz e segurança, amor e perdão. Aos Seus seguidores antes da Sua assunção deu a seguinte ordem: “Vão por todo o mundo e preguem a boa nova do evangelho a toas as criaturas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado. Os que tiverem fé serão reconhecidos por estes sinais: em meu nome expulsarão espíritos maus e falarão novas línguas. Se pegarem em serpentes ou beberem qualquer veneno mortal, não sofrerão nenhum mal. E quando puserem as mãos sobre os doentes, estes ficarão curados.” (Marcos 16:15-18 – BPT).
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Fomos criados por Deus. Não somos filhos do acaso. Mesmo que indesejados no plano humano, nunca o fomos no plano eterno de Deus. Ele nos criou com a intenção suprema de partilharmos a Sua glória refletindo-a com o nosso ser e com a nossa existência, caminhando de glória em glória. Esse desígnio eterno que nada podia alterar, levou Deus a tomar a forma humana na pessoa do Seu Filho Jesus Cristo e a visitar-nos corporalmente.
Sobre as diversas cosmovisões que as culturas do ocidente e do oriente dos propõem, recomendamos a leitura do livro de James W. Sire, O Universo ao Lado – a vida examinada, um catálogo elementar de cosmovisões, publicado pela United Press. Neste livro o autor analisa o teísmo cristão básico, deísmo, naturalismo, niilismo, existencialismo, monismo, nova era e o pós-modernismo nas grandes e essências questões: “qual é a realidade primária: Deus ou o cosmo? O que é o ser humano? O que acontece quando morremos? Como deveríamos viver?” (p. 10).
Se queremos saber de onde viemos, porque estamos aqui e para onde nos dirigimos, vamos a Jesus. Mesmo que já sejam muitos anos do nosso percurso, estamos a tempo de mudar de direção. Como refere C. S. Lewis no livro A Essência do Cristianismo Autêntico (ABU; S. Paulo: 1979): “Para quem está no caminho errado, progredir é dar meia volta e regressar ao caminho certo; e, neste caso, o que volta mais cedo é o mais progressista.” (p. 16).
A garantia do próprio Deus através do profeta continua a ser: “Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração. Sereis achado de vós, diz o SENHOR, e farei mudar a vossa sorte (…).” (29:13,14ª – JFA).
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Se seguirmos a linha de pensamento de que a dúvida de Pedro o levou à exigência de uma prova incontestável então a dúvida em vez de trazer desconfiança e retrocesso, foi um impulso para seguir adiante e ter uma experiência inolvidável. Vendo o companheiro e amigo a andar sobre as águas os restantes discípulos terão pensado que essa também poderia ter sido a sua oportunidade, ou mesmo assim, preferiram o conforto “desconfortável” do barco face à tempestade.
Mas também podemos constatar que Pedro descortinou e discerniu que se era Jesus então ele também podia seguir o Seu exemplo nessa situação inverosímil. Se fosse um fantasma tal não aconteceria. O ambiente cultural ligado às atividades do mar ou do campo é atreito a crendices e superstições. Os discípulos deram disso prova quando gritaram de medo ao verem um vulto deslizado sobre as águas. Jesus destruiu esses redutos de medos cultivados pela tradição e passados de boca em boca, normalmente associados a histórias contadas de experiências aterradoras e que acabavam em catástrofes. Foi necessário passar pela situação para o medo e as suas raízes serem exorcizadas.
Jesus andou sobre as águas. Pedro andou sobre as águas sob a Sua ordem. Pedro não teve dúvida alguma que era Jesus quando o seu repto foi correspondido. “‘Vem!’ Pedro, descendo do barco, andou por sobre as águas e foi ter com Jesus.” (Mateus 14:29 – JFA).
A história não fica por aqui porque nesta aventura que Pedro estava a viver de repente o vento e a ondulação atrapalharam os seus passos. No seu coração e na sua mente despontaram a dúvida e o receio. O medo assaltou a sua decisão de fé. Os seus olhos passaram a focar-se nas circunstâncias, em vez de estarem centrados na pessoa que lhe havia ordenado para que viesse ao seu encontro. Ao contrário da primeira dúvida a segunda era uma declaração de óbito. Pouco tempo depois de uma decisão arrojada e de fé obediente e confiante, Pedro começou a afundar-se. O texto nada nos diz sobre qualquer tentativa da parte de Pedro em sobreviver pelos seus esforços. As forças e a capacidade de sobrevivência nado, evaporaram-se. Podemos dizer usando uma experiência cada vez mais comum nos dias de hoje, Pedro entrou em pânico.
Talvez se poderia supor que Jesus iria castigar Pedro pelo seu atrevimento e pela sua súbita dúvida e incredulidade. Diz o texto que Pedro reconhecendo a sua impotência gritou “Salva-me, Senhor!” A resposta de Jesus foi imediata: “E, prontamente, Jesus, estendendo a mão, tomou-o e lhe disse: Homem de pequena fé, por que duvidaste.” (Mateus 14:30,31 – JFA). A reprimenda valeu a pena pela dupla experiência de andar sobre as águas e de ser salvo de afundar-se nessas mesmas águas. E juntos regressam ao barco caminhando sobre as águas “Subindo ambos para o barco, cessou o vento. E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus” (Mateus 14:32,33 – JFA).
O resultado de todos é a adoração a Jesus. Creio que tanto Pedro como os restantes discípulos nunca mais esqueceram a experiência que vivenciaram. Em outros momentos, já não sobre as águas encapeladas, em outras tempestades da vida, sempre lembraram que Jesus estava com eles, dentro do barco ou caminhando sobre as águas, e que também eles podiam sair do barco – da sua zona de conforto e correr todos os riscos sob a ordem de Jesus, os mesmos que tinham visto no Mestre.
Hoje também nós somos interpelados a esta fé que pode fraquejar, mas que nunca será menosprezada pelo seu autor e Consumador que é Jesus. É uma aventura viver com Jesus tanto no arrojo como na fraqueza.
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Julgo que para muitos dos ouvidos dos deportados judeus em Babilónia, mesmo que conscientes dos seus pecados que tinham provocado tamanha calamidade, soou de forma estranha. Os judeus que conheciam bem o shema mosaico inscrito no último livro do Pentateuco: “Ouve, Israel: só o SENHOR e apenas ele é o nosso Deus. Ama o SENHOR, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua força.” (Deuteronómio 6:4 – O Livro). Agora porque não tinham levado a sério este princípio essencial, eram um povo subjugado, numa terra dominada por falsos deuses, por ídolos criados pelo homem. Para a mentalidade dos dominadores os seus ídolos eram os maiores porque haviam derrotado o povo de Jeová. Mas as aparências iludiam, porque afinal de contas como denota a tradução de João Ferreira de Almeida, eles tinham sido desterrados pelo próprio Deus que os havia libertado do Egito, e que ao longo de toda a sua história constantemente os havia alertado para os perigos da apostasia.
Mas pretendemos ressaltar que nestas circunstâncias o Deus de todo o Universo, de toda a humanidade; o Deus de Abraão, Isaque e Jacó que havia declarado que em Abraão seriam abençoadas todas as nações da terra, conclama os judeus a contribuírem para a paz da cidade, e mais ainda, a orarem pela paz da cidade, a orar pela sua prosperidade, porque na sua paz teriam paz, e na sua prosperidade teriam prosperidade. Aqui a prosperidade não se resume a bens materiais, mas a uma vida realizada na plenitude do Criador, segundo Seu plano e propósito.
Um dos exemplos paradigmáticos desta atitude é sem dúvida Daniel e os seus três amigos – Sadraque, Mesaque e Abednego. Tendo sido levados para o próprio palácio babilónico, nunca cederam à pressão cultural pagã que contrariava os princípios da lei mosaica em que haviam sido instruídos, e sempre trabalharam de forma irrepreensível, combatendo a corrução dos próprios pares da classe dirigente imperial, nunca cedendo ao politicamente correto, observando sempre os valores espirituais bíbicos e nunca por nunca ser dobrando os seus joelhos perante as divindades babilónicas, falando a verdade, e orando a Deus mesmo quando maquiavelicamente tal tinha sido proibido para ter com que acusar Daniel perante o imperador Nabucodonosor.
Encontramos aqui um princípio essencial para cada um de nós como seguidores de Jesus. Vivendo em sociedades que afrontam os valores de Jesus, somos chamados a trabalhar pelo seu bem, pela sua paz, e pela sua prosperidade. Através de um trabalho sério e pela partilha de Jesus Cristo como único mediador entre Deus e os homens, Aquele que nos reconcilia com o propósito divino e no qual temos a vida eterna. É precisamente também isso que encontramos nos escritos do apóstolo Paulo, dados pelo mesmo Espírito Santo, quando se dirige ao seu discípulo Timóteo: “Aconselho antes de tudo, que se ore, suplique e agradeça a Deus, intercedendo a favor de toda a gente. Não se esqueçam de orar pelos que governam e estão investidos de autoridade, a fim de que possamos viver em paz e sossego, conformando a nossa conduta com toda a devoção e dignidade. Isto é bom e agrada a Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade. Porque existe um só Deus. E entre ele e os homens há um só mediador, que é Jesus Cristo, seu Filho, que é homem. O qual a si mesmo se deu a si mesmo como o preço da salvação de toda a humanidade. Esta é a mensagem que Deus trouxe ao mundo no momento oportuno. E foi para falar dessa mensagem que eu próprio fui constituído pregador e apóstolo de Deus, e fui encarregado de ensinar esta verdade aos gentios, levando ao conhecimento da fé. Não estou a mentir; estou a falar a verdade.” (1 Timóteo 2:1-7 – O Livro).
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Quando Jesus soube através de André e Filipe que alguns gregos O queriam ver, a Sua reação foi expressa nestes termos: “Chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser glorificado. Ouçam com atenção: se um grão de trigo lançado à terra não morrer, não dá fruto. Mas se morrer dá muito fruto. Quem se ama a si mesmo, perde-se, mas quem despreza a si mesmo neste mundo, ganha a vida eterna. Se alguém quer servir-me, tem que seguir o meu caminho e onde eu estiver também o meu servo lá estará. E o Pai há-de honrar todo aquele que me servir.” (João 12: 23-26 – Bíblia Para Todos). Se considerarmos o nosso valor pelos padrões vigentes que se traduzem em coisas materiais, estaremos investindo a nossa vida no nada. Tudo passa como o sábio Salomão acentua no livro de Eclesiastes: Vaidade de vaidades, tudo é vaidade e correr atrás do vento. Quando vivemos a nossa vida em função do seu valor eterno segundo o ensino e o exemplo de Jesus, e não somos prisioneiros do que temos e de nós próprios, encontramos a verdadeira essência da vida. A nossa existência não se limita aos anos que aqui passamos, mas a uma eternidade que pode ser ou não vivida com Deus. Através de Jesus, e só através Dele, viveremos aqui como morada do Espírito Santo e na eternidade na presença do Deus trino – Pai, Filho e Espírito Santo.
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As pessoas sentem-se cansadas. E mesmo para aqueles que alcançam esses patamares de vida material, o sentimento de vazio permanece. É como se as pessoas subissem uma íngreme escada encostada a uma parede, e ao chegarem ao topo verificassem que a escada estava encostada à parede errada. Tanto esforço para nada.
O mesmo pode acontecer na vida familiar e nos restantes relacionamentos humanos.
O mesmo acontece em termos espirituais e aqui as consequências são muito mais graves, porque têm consequências eternas e implicam todas as dimensões da nossa existência terrena.
Existem muitas pessoas que não dão parte de fracos. Vivem a sua vida. Trabalham duro, têm os eus tempos de pausa, frequentam restaurantes, vão a espetáculos, divertem-se à sua maneira e atulham a vida com festas sociais e de recreação. Aparentemente tudo vai bem. Se falarmos com elas não consideram que falte alguma coisa.
Ainda assim de um momento para o outro o cansaço pode bater à porta, e de repente, é como se caíssem num poço sem perceber como, e pior do que isso, sem saber como sair de lá. Existe sempre um psicólogo ou um livro de auto-ajuda para dar um empurrão e manter a vida à tona, o que não significa que a ajuda especializada médica deva ser descartada, antes bem pelo contrário.
Na realidade o homem e a mulher necessitam mais do que bens materiais, diversão e uma boa auto-imagem.
Jesus Cristo falou disto dirigindo-se de uma forma muito particular aos cansados e sobrecarregados. “Venham a mim todos os que estão cansados e oprimidos e eu vos aliviarei. Levem o meu jugo e aprendam de mim, porque sou brando e humilde, e acharão descanso para as vossas almas, pois só vos imponho cargas suaves e leves.” (Mateus 11:28-30 – O Livro).
Jesus convida-nos para que vamos a Ele e aprendamos Dele. Ele dá alívio. A vida é redirecionada no sentido adequado. O que é material tem a sua importância, mas não é determinante. Tudo o que Deus criou é para nosso aprazimento, mas não pode dominar a nossa existência. O relacionamento pessoal com o nosso Criador é fulcral e decisivo. Fomos criados por Ele e para ele. Não nos podemos alhear desse facto, porque isso redunda em desastre. Viemos à existência para vivermos eternamente na companhia do nosso Criador. A vida não consiste apenas do tempo que aqui passamos. Há uma dimensão eterna. Tudo o que aqui ficou aquém, todo o mal e todo o sofrimento deixarão de existir na presença de Deus.
Jesus mais do que ensinar-nos a viver, é a vida para nós vivermos. Mais do que um modelo ou um exemplo, é a própria vida. Podemos mesmo dizer que sendo o Criador, Ele é mais do que isso, sendo a vida que nos permite atingir o alvo.
De uma forma muito simples, ao desalentado, ao cansado, ao frustrado, ao desanimado, ao derrotado estende a Sua mão, e promete alívio e um novo começo, a partir dos princípios do amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, do perdão, do serviço, da não-violência, da misericórdia e da compaixão. Tudo isto é resultado do relacionamento com Ele. Jesus continua hoje a convidar-nos para que vamos a Ele.
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Jesus foi bem claro em relação aos Seus discípulos no que diz respeito à tolerância e ao respeito por todas as pessoas, quaisquer que sejam as suas convicções políticas, religiosas, éticas e morais. É óbvio que também isso implica e obriga a que não silenciemos o evangelho e as palavras de Jesus, e se necessário estejamos dispostos a morrer pelo que acreditamos. Não procuramos de modo algum a autoimolação, e ficamos profundamente chocados quando em nome de Deus se praticam atos de vandalismo que semeiam o terror. De modo algum alguém que assim procede tem um galardão à sua espera na eternidade, mas a condenação da parte de Deus, que é um Deus de amor.
Já no primeiro testamento, antes de Jesus ter nascido, o profeta declara: “Esta é a palavra do Senhor para Zorobabel: Não pela força, nem pelo meu poder, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos exércitos.” (Zacarias 4:6 – O Livro). Deus podia obrigar-nos, mas Ele não o faz. Deus podia ser o polícia do universo, mas esta postura não está em conformidade com a Sua natureza. Deus criou-nos livres, e pesar da desobediência no fruto da árvore da ciência do bem e do mal, ter estragado a nossa essência, Deus ainda age de tal forma que nos permite conhecer a verdade e escolher entre a verdade e a mentira.
Neste sentido Deus enviou Jesus Cristo que de Si mesmo disse – “Eu sou a verdade” (João 14:6). Outra coisa não poderia deixar de ser, sendo Ele divino. Em Jesus nós vemos e vivemos a verdade. A verdade é uma Pessoa e não uma formulação lógica, ou um postulado filosófico ou científico.
Defendemos a liberdade religiosa sem quaisquer constrangimentos, mesma a liberdade de falar mal e ridicularizar o Autor e Consumador da nossa fé. Ficamos tristes, porque para lá da ofensa, quem assim procede não conhece verdadeiramente a Jesus Cristo e a pessoa de Deus que Ele nos dá a conhecer n’Ele mesmo. Por isso estivemos na linha da frente na defesa de uma lei da liberdade religiosa que já tardava no articulado jurídico português, muitos anos após a revolução de abril. Agradecemos a Deus por pessoas como o ex-presidente da república, Dr. Jorge Sampaio, o único Presidente que assumiu pessoalmente a igualdade de todos os portugueses e de todas as confissões religiosas, com a sua presença em dois eventos da comunidade, um deles das Assembleias de Deus. Afinal de contas somos cidadãos portugueses, pagamos os nossos impostos, zelamos pela nossa sociedade de formas múltiplas seja nas nossas profissões, na nossa vida familiar e no suporte a instituições particulares de solidariedade social. Não podemos deixar de referir o saudoso Juiz Conselheiro, Dr. Dias Bravo, que sempre assumiu a sua fé e nunca aceitou que ela ficasse posta em causa no assumir de funções de estado.
Temos perfeita consciência que em determinados períodos da história e em determinadas regiões, pessoas e dignatários religiosos ditos cristãos, lançaram mão da mais cruel perseguição e dos mais aviltantes instrumentos de tortura. A diferença está em Jesus Cristo, o único que sempre condenou a utilização de semelhantes métodos. Jesus foi discriminado, maltratado, perseguido, por mais do que uma vez intentaram contra a Sua vida, até que chegou o momento exato decretado por Deus, para que a Sua vida fosse dada a nosso favor. Experimentou uma morte cruenta na cruz e a terminar exclamou: “Está consumado!”, para depois entregar nas mãos do Pai o Seu espírito.
Em pleno século XXI existem milhares de cristãos que são perseguidos única e exclusivamente por crerem em Jesus e apresentarem os Seus ensinos de amor, perdão, reconciliação e vida eterna. Em alguns países em que no passado os cristãos estavam em maioria, neste momento são uma minoria e sofrem graves limitações à sua liberdade de expressão, o que é de todo inqualificável. Cada um tem o direito de ter a sua fé, de exprimi-la, de partilhá-la, de debatê-la, de mudar de confissão religiosa, e de se reunir publicamente em espaços destinados para o efeito, ou na praça pública.
Mas mesmo que tal não se venha a verificar sempre, seguiremos as palavras de Jesus em muitos textos bíblicos, dos quais o Sermão da Montanha é um deles. A quase totalidade dos apóstolos de Jesus foram martirizados, porque não podia negar o que individualmente tinha visto, tocado, apalpado, ouvido e presenciado. Continuamos a afinar pelo mesmo diapasão. Cada homem e cada mulher, em todas as partes do mundo, qualquer que seja a sua religião, precisam ouvir falar de Jesus que morreu para que tivéssemos vida eterna.
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O Deus que Jesus Cristo nos veio mostrar é o único Deus. É o Deus que se dá a conhecer e fá-lo de várias formas e maneiras, sendo Ele perfeito e inexcedível na pedagogia que usa para lidar connosco. Jesus deu-nos o exemplo e é modelo para nós, no modo como lidou com a Palavra de Deus, com a revelação escrita, citando-a amiúde, mostrando a concordância entre o que estava predito e o que os factos demonstravam na concretização dessas predições (profecias). No deserto quando foi tentado pelo maligno a “arma” que utiliza é a autoridade da Palavra Escrita. Por três vezes responde ao tentador citando a Palavra de Deus, e em cada uma delas prevalece vitorioso sobre as artimanhas do tentador. Termina proferindo que não tem como não ser acatada: “Vai-te Satanás! A Escritura diz: Adorarás o Senhor teu Deus e só a ele prestarás culto.” O Diabo então o deixou (…)”. (Mateus 4:10,11 – BPT). Em cada uma das investidas na boca de Jesus está uma declaração que nos deve acompanhar: “Está escrito!”
Precisamos ter uma fé esclarecida e isso não é de todo impossível se formos ignorantes sobre o que Deus revela, o que Ele nos deixou escrito através de homens que foram por Ele inspirados. Inteligência Espiritual é o que necessitamos desenvolver e que o próprio Deus está interessado em desenvolver em nós. Mas tal só acontece através das disciplinas espirituais, à qual não pode faltar a leitura assídua da Sagrada Escritura, nem a oração, bem como a adoração, o louvor, a ação de graças e a intercessão. Isto é o que o apóstolo Paulo ora a favor dos cristãos na cidade de Colossos e que é extensivo a todas as igrejas em todas as latitudes e longitudes, bem como em todos os tempos e épocas: “Pedimos a Deus que vos dê o pleno conhecimento da sua vontade, concedendo-vos toda a sabedoria e entendimento que vem do Seu Espírito.” (Colossenses 1:9 – BPT).
Se não soubermos o que está escrito, o que Deus nos deu a conhecer, o que Ele teve o cuidado de nos revelar e de deixar registado em palavras, ficamos à mercê das vicissitudes de circunstâncias e situações que, pura e simplesmente, nos podem devorar e esmagar. Não há uma fé saudável e vigorosa fora de um conhecimento aprofundado da revelação divina, até porque a fé vem pelo ouvir e o ouvir a Palavra de Deus (Romanos 10:17). A tendência verificada em muitos setores da população de desinteresse na leitura, é um fator muito negativo. No passado registamos que muitas pessoas analfabetas aprendiam a ler, para poderem ler a Palavra de Deus. Hoje pessoas com mais ou menos formação académica ignoram e desprezam o que Deus diz. Se há um conhecimento e informação que não podemos desprezar pelas consequências que daí advêm pela eternidade adentro, é investirmos continuamente no conhecimento de Deus que se nos dá a conhecer pela Sua Palavra. Conhecer e viver muda o que somos e o modo como vivemos! Os benefícios são pessoais, familiares, profissionais, empresariais, sociais, políticos, morais e éticos.
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A afirmação que nos serve de título foi proferida por Jesus e encontra-se no evangelho de Mateus no chamado sermão profético (capítulo vinte e quatro). A declaração foi proferida no Monte das Oliveiras, depois da saída do templo quando os discípulos chamavam a atenção do Mestre para a imponência e solidez da construção, na qual se espelhava o seu orgulho religioso e representava a presença de Deus. Nessa altura Jesus antecipou o que haveria de acontecer nos anos setenta, ainda dentro daquela geração e que alguns dos discípulos tiveram oportunidade de testemunhar. Foram palavras difíceis de entender e muito menos aceitar por parte dos discípulos: “Estão a ver esta grandiosidade, não estão? Pois eu vos garanto que não ficará aqui pedra sobre pedra: será tudo deitado abaixo.” (Mateus 24:2 – BPT).
Apesar das aspirações humanas de tentar construir o paraíso independentemente de Deus e muitas vezes contra Ele, ou de alguns grupos de realizarem o reino de Deus agora através das boas obras e da ação política, a Bíblia dá-nos a entender que devemos fazer tudo o que está ao nosso alcance na vivência do amor, do perdão, do serviço, como pacificadores, agentes da graça, mas também é bem clara que a maior necessidade do homem é experimentar o perdão dos seus pecados e viver na certeza absoluta da vida eterna. Recuso determinantemente que uma mente e um coração focados na eternidade, seja uma fuga em relação ao que aqui e agora precisamos desenvolver. Concordo com quem afirma que os que mais fizeram pelo mundo atual, foram os que mais viveram com os olhos colocados no porvir.
Estou muito feliz por viver neste tempo, pelo percurso dos meus sessenta e um anos. É verdadeiramente estonteante o progresso. Quando nasci a televisão ainda não tinha surgido, o rádio era uma caixa bem grande, fotografias só tiradas através de uma máquina bizarra em que o fotógrafo se enfiava debaixo de um pano preto. Não existiam ainda os gravadores de cassetes, os gira discos, e se os havia apenas uma minoria tinha a eles acesso. Depois vieram os computadores, os telemóveis, os CD’s, os DVD’s e as pen’s. Hoje com um único aparelho e não precisa ser muito grande, ouve-se música, vêem-se filmes, ouvem-se e vêem-se as notícias, encomenda-se roupa ou tecnologia do outro lado do mundo, fala-se e vê-se a pessoa que se quer contatar, filma-se, grava-se som, tiram-se fotografias e sei lá mais o quê. O que é que o futuro nos poderá trazer e de que forma nos poderá surpreender? No domínio da saúde o desenvolvimento é abissal e estonteante, com uma velocidade que não conseguimos acompanhar. Cada vez mais um maior número de pessoas se sente ignorante em relação ao que o rodeia, e cada vez mais por um lado se tem acesso a essas potencialidades, mas por outro lado se teme que esse acesso fique reservado a uma elite. Alguns anunciam que em breve os robôs vão substituir as pessoas e tudo está pronto para que cada habitante da terra seja monitorizado à distância por um ship em nome da segurança, da saúde, do bem-estar, da justiça económica, etc. Um homem se encarregará de apresentar e impor esse velho/novo deus tecnológico, energético, colocando o homem no lugar de Deus e exigindo uma absoluta fidelidade e adoração.
Quando falamos das apreensões não é preciso ir mais longe do que estamos a ver na poluição, no aquecimento glocal, nas catástrofes naturais; e no terrorismo que não precisa de muita sofisticação a não ser objetos do quotidiano.
John Stott traduziu a revelação bíblica de uma forma muito simples e clara em relação a todos os que vivem numa relação pessoal com Deus em Jesus Cristo: “vivemos entre o já e o ainda não”. O já exige de nós todo o nosso envolvimento em tudo o que somos e fazemos, sem fronteiras e fragmentações entre o sagrado e o profano. Profissão, família, igreja, lazer – tudo faz parte de uma só vocação – viver para a glória de Deus e viver segundo o Seu propósito em santidade de vida, em amor, generosidade, promovendo a paz, assumindo o perdão mesmo diante das injustiças que não deixam de o ser. Mas ao mesmo tempo vivendo o já na antecipação gozosa de uma eternidade na casa do Pai, e expetativa do fim de todo o pecado, de toda a maldade, de todas as doenças, de todo o sofrimento, de toda a dor, de toda a morte. O dia em que todas as lágrimas serão secadas, em que todo o luto cessará, em que não haverá mais lugar para o conflito, para as guerras, para as bombas, para as catástrofes e epidemias. O dia em que nenhuma criança voltará ter fome, será violada e sujeita à escravidão. Foi isto que João viu antecipadamente no sofrimento do martírio na Ilha de Patmos que não pôde impedi-lo de subir ao céu e ver o que nós havemos de vivenciar. “Vi então um novo céu e uma nova Terra (…). Esta é a morada de Deus junto dos homens. Ele habitará com eles e eles serão o seu povo. Ele enxugará todas as lágrimas dos seus olhos e já não haverá mais morte nem luto nem pranto nem dor porque as primeiras coisas desapareceram.” (Apocalipse 21:1-4 – BPT).
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Tudo começou como um romance arrebatador. Veio o casamento e com o passar dos anos a paixão deu lugar ao amor calmo e tranquilo. Nem sempre os momentos foram fáceis, antes bem pelo contrário, a fazer jus à promessa nupcial “seja melhor ou pior a sorte, na saúde ou na doença…”. E ao contrário do que alguns pensam isto nada tem a ver com pensamento positivo ou negativo. As promessas divinas também implicam momentos complicados em que a Sua presença não deixa de se fazer sentir, mesmo quando temos dificuldade em percebê-la mediante os cinco sentidos ou as emoções, em que ela foge à própria razão e ao coração, e é pela fé que a identificamos.
O momento mais marcante aconteceu dez anos depois do enlace com o nascimento da nossa única filha, agora a preparar-se também para o seu momento de sonho matrimonial. O melhor conselho que lhe damos é a presença e a direção divinas. O nosso exemplo é suficiente. Em meio às nossas falhas, conflitos, frustrações, tensões, ansiedades, fracassos entremeados com os momentos contínuos de relacionamento, mimo, passeio, brincadeira, cuidado, Deus é a presença indispensável. A Sua orientação e o modo como vai colmatando, superando, agindo em cada uma das nossas insuficiências é de todo imprescindível. Não que Deus seja um tapa buracos. Bem pelo contrário. É Ele que preenche toda a vida e sem Ele nada sobra e se mantém. Tudo o resto vem na Sua soberania, beneplácito, uma vontade sempre boa, perfeita e agradável. Ele é o Pai das luzes de quem toda a boa dádiva é “emanada” e recebida (Tiago 1:17).
Se me pedissem um sinal marcante desta realidade eu selecionaria a graça de da complementaridade na vivência familiar, profissional e ministerial com ajuda mútua e colaboração, com a realidade de a maior parte das vezes orarmos e outras vezes (bem menos) um orar quando ao outro faltam as palavras.
Talvez esta introdução para alguns não seja muito condizente com um editorial. Mas como falar do relacionamento conjugal, do casamento na sua realidade pessoal, familiar, eclesial, social e até jurídica sem uma relação direta com a experiência pessoal? Cada um terá a sua. Uma mais brilhantes e outros nem tanto assim. Umas venceram e superaram cada agrura, outras continuam a carregar traumas que vêm sabe-se lá de onde (não importa escarafunchar e arranhar as feridas porque só as irá infetar e manter abertas). O divórcio e a violência estão na ordem do dia. Algumas notícias são aterradoras. É urgente ouvir Deus e seguir as Suas orientações. É sempre possível em Deus encontrar restauração pelo perdão, arrependimento e conversão. A disposição de com Ele ter um novo começo. Pode ser doloroso, mas sempre valerá a pena deixar que Ele nos arranque os espinhos cravados na alma e que dilaceram a vida. Cuidado também com as ilusões de que infringir os princípios estabelecidos por Deus não provoca graves e fatais consequências. Céu e inferno estão aí diante de nós. Jesus faz a diferença e só por Ele alcançamos uma vida bem-aventurada.
A Bíblia revela-nos Deus como o autor do casamento – “não é bom que o homem viva só”. A Bíblia dá-nos a conhecer que na criação homem e mulher eram um só. Recentemente ouvi uma apresentação muito sugestiva para o sentido bíblico da criação da mulher. Não alguém para viver atrás, à frente ou ao lado, mas para viverem os dois face a face, olhos nos olhos – sugestiva imagem para “coadjutora” ou “auxiliadora”. Excelente figura também para entendermos a submissão – viver sob a missão de outrem que é amar até à dádiva da própria vida.
O “desvio” da condição original, a palavra exata e mesmo assim insuficiente para traduzir todo o desastre que envolveu a “queda”. O homem e a mulher caíram. Daí a vergonha, a ocultação, o passa culpas, a inimizade, os conflitos foram ganhando terreno como ervas daninhas numa terra contaminada – a corrupção geral do ser humano, ainda assim poupada nas suas possíveis e radicais implicações pela graça comum e pela soberania divina que garantiu logo à partida a redenção, reconciliação, justificação, perdão e expiação. Tudo o que era preciso para voltar ao original e até superá-lo foi feito por e em Jesus Cristo, que expressou até às últimas instâncias quem DEUS É, quebrou toda a mentira da serpente, libertou-nos do escrito de dívida que sobre nós caía e nos aprisionava – Deus é bom, santo, amoroso, misericordioso, longânimo, justo.
O texto que nos serve de título é extraído de uma passagem do livro de Eclesiastes no primeiro testamento que foi escrito antes do nascimento de Jesus. “Melhor é serem dois do que um (…) O cordão de três dobras não se rebenta com facilidade.” (4:9-12 – JFA). A primeira dobra que reforça as duas é Deus. A minha experiência comprova que é essa primeira dobra é decisiva e determinante!
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Mas este pedido é bem mais estranho porque foi proferido por Jesus, Deus como Homem entre nós, a uma mulher samaritana que numa hora pouco usual ali chegava para transportar para casa o precioso líquido no seu cântaro. O Senhor Criador e Soberano, Aquele que fez todas as coisas, volta-se para uma mulher e sem qualquer pudor ou inibição apresenta a sua sede e solicita que ela lhe possa dar um pouco de água para a saciar, depois um longo caminho. Estanha atitude da parte de quem é capaz de todas as coisas, e de quem todas as coisas dependem e subsistem.
A esta surpresa podemos acrescentar o fato cultural de que um homem não se dirigia em pública com este à vontade em relação a uma mulher, e muito menos a uma samaritana. Com o decorrer da conversa a surpresa ainda sobe de tom quando nos apercebemos que a mulher tinha um comportamento algo duvidoso. Para os religiosos de então era de todo inimaginável que um profeta, um representante do divino, um sacerdote e muito menos o Messias tivesse semelhante atitude.
O pedido de água foi genuíno. Jesus estava com sede. Não foi um pretexto para meter conversa embora o assunto se prestou para desenvolvimentos muito sugestivos, interessantes e de real valor para a qualidade de vida daquela mulher e de cada um de nós. “Se tu conhecesses o que Deus tem para dar (…) e quem é aquele que te está a pedir água, tu é que lhe pedirias e ele dava-te água viva.” (João 4:10 – BPT). Jesus desbloqueia todos os preconceitos e todas as inibições para que a mulher reconhecesse a sua necessidade de uma água que não a física e saciasse a sua sede espiritual.
O problema do homem está na sua ignorância acerca de quem Deus é. Conhecer Deus em todo o Seu amor, bondade, misericórdia, santidade e justiça remove toda a loucura de julgarmos que Ele é o nosso inimigo, e a loucura de tentarmos usurpar de Deus a Sua Soberania. O pecado do homem radica precisamente em querer ser e estar acima do próprio Deus, governar a sua vida de acordo com os seus desejos, tendências, inclinações e preferências. O homem quis assumir a direção da sua vida e tornar-se um especialista na ciência do bem e do mal. O homem julga que pode alterar as leis espirituais, morais e éticas, com que foi criado à imagem e semelhança de Deus. O homem foi feito por Deus. Tudo o que existe é da criação divina. Não há outra forma de podermos viver em plenitude e harmonia, senão de acordo com a natureza divina, numa relação pessoal com Deus.
Jesus disse à mulher “Se conhecesses o que Deus tem para dar e quem é aquele que te está a pedir água”. Deus não se coíbe de pedir. Jesus naquele momento pediu à mulher o que ela lhe podia dar. Em outra escritura lemos acerca do principal dos pedidos de Deus: “Dá-me filho meu o teu coração” (Provérbios 23:26 – JFA). Existe no mais íntimo do ser humano uma sede que não é apenas de sentido, propósito ou desígnio, mas é um clamor da sua origem e da sua natureza, da fonte da sua essência antes da sua própria existência. Antes de tudo o mais temos que nos encontrar no que somos, no que é intrínseco a nós mesmos. E só nos encontramos de verdade em Deus, porque é n’Ele que está a nossa matriz. A separação de Deus não é uma questão de espaço ou de tempo, é uma realidade que tem que ver com a nossa essência. Fomos criados à Sua imagem e semelhança, não podemos esquecer isto. Isto é essencial e central. Quando reencontramos esta essência a nossa existência muda de sentido e de orientação. Reencontramos o nosso propósito e sentido, o nosso desígnio e o nosso design. Tudo isto é possível única e exclusivamente em Jesus, porque em Jesus temos o Deus que é Criador e temos o Homem segundo essa matriz. Só Jesus nos pode reconciliar, só Ele nos pode trazer de volta. Só Ele pode saciar a nossa sede. A sede da mulher samaritana foi saciada e milhões ao longo dos séculos, desde então, viram a sua sede saciada. Hoje também esta a nova realidade que está ao nosso alcance. É simples… “tu lhe pedirias, e ele te daria”. Ele continua a dar. Quem tem sede continua a ser saciado. Água viva!
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O que acontece numa orquestra acontece igualmente num coral, num quarteto ou num dueto. As vozes e os instrumentos, ou simplesmente à capella encaixam-se, complementam-se e o resultado eleva o coração e a mente, chega a provocar reações no próprio corpo.
No solista podemos divisar algo semelhante na afinação, no timbre, na sensibilidade individual e própria de cada um, na interpretação que confere a uma determinada composição, qualquer que seja o estilo. Aqui destacaria a AFINAÇÃO.
O mesmo encontramos até na natureza, no chilrear dos pássaros quando escutamos um trinado isolado ou quando até somos envolvidos por um bando de pássaros da mesma espécie ou de espécies diferentes, com trinados diferentes mas cada um transportando um beleza particular e específica, e no todo não divisamos ruído, mas AFINAÇÃO e HARMONIA. Também o deslizar das águas no rio mais ou menos caudaloso, nas cascatas, nos remoinhos ou no fragor das ondas de um mar revolto ou no sussurrar de um mar tranquilo. Poderíamos alongar a nossa descrição pelo som do vento ou da brisa, no riso e na gargalhada de uma criança ou de um idoso. Tantas coisas à nossa volta nos falam acerca de estar de bem connosco e com a vida, e que nos servem de parábola para a nossa própria existência.
Jesus ensinou-nos que devemos amar o próximo como a nós mesmos. Esse é um princípio essencial para estarmos de bem com avida, estando de bem connosco e com os que nos rodeiam. Mas existe um princípio essencial que torna possível este ideal e é o de estarmos bem com Deus. O grande e primeiro de todos os mandamentos é “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento.” (Mateus 22:37 – JFA). Por isso a Bíblia nos fala da urgência de sermos reconciliados com Deus o que Jesus Cristo possibilitou mediante a Sua morte no clímax da Sua existência entre nós. “Em nome de Cristo vos pedimos, irmãos, que se reconciliem com Deus.” (2 Coríntios 5:20 – BPT).
Deus é amor e é envolvidos nesse amor que encontramos a chave para vivermos em harmonia com Ele, connosco, com o nosso próximo e até com a natureza que nos rodeia. Na orquestra ou no coral, nas vozes como nos instrumentos carecemos de um diapasão para alcançar a afinação e atingirmos a harmonia. Na vida o nosso diapasão é Deus. Foi Ele que nos criou e nunca estaremos bem enquanto não formos por Ele afinados.
Um dos poemas de um dos cânticos que entoamos nas nossas comunidades traduz de um modo muito incisivo esta realidade:
Afinadas p’ra o Mestre louvar;
O pecado este som não outorga,
Só o Gólgota as pode afinar.
Que no Gólgota a minh’alma afinou!
Aleluia! Glória a Deus,
Que no Calvário a minh’alma afinou!
Mas não era agradável o som;
Mas no Gólgota já transformados,
Temos nova harmonia e tom.
O instrumento Ele cuida mui bem;
Cada dia o som mais refina,
Té tocar os acordes de Além.
Hoje chega-te à cruz com amor;
Harmonia terás se estiveres
Em Jesus o teu Afinador!
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Numa outra ocasião alguém avisa Jesus que Sua mãe e Seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar-lhe. Jesus responde com uma pergunta e com uma declaração com o mesmo sentido: “Quem é minha mãe e meus irmãos? E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe.” (Mateus 12:46-50 – JFA).
Numa das suas últimas conversas com os discípulos Jesus diz-lhes e a nós também: “Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando.” (João 15:14 – JFA). E o que é que Ele manda: “O meu mandamento é este, que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” (Mateus 15:12 – JFA). “Isto vos mando, que vos ameis uns aos outros.” (João 15:17 – JFA).
O mandamento síntese de toda a lei, e a essência da natureza divina na qual fomos formados à Sua imagem e semelhança e da qual nos apartámos em rebeldia que ainda hoje permanece e entra pelos olhos dentro, é o amor.
Não é o amor que nos salva. Mas é Deus que é amor, em Jesus Cristo – Deus entre nós também como Homem, que nos salva mediante a expressão suprema desse amor que é a Sua morte em nosso lugar na cruz. Nenhum outro morreu por nós ou podia sequer morrer. A nossa morte não poderia ser redentora porque todos, sem exceção, pecamos. Só Aquele que nunca pecou e em que o amor é uma constante absoluta e santa, sem qualquer contaminação, nos podia salvar e nos salvou. Em Jesus somos salvos para amar.
Um intérprete da lei interpelou Jesus acerca de qual é o grande mandamento da lei. A esta pertinente questão Jesus respondeu: “Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor! Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento, e de toda a tua força. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Diante desta resposta o teólogo que sabia muitíssimo menos do que Jesus, mas sabia o suficiente da lei para perceber que o Mestre estava certo, assumiu: “Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que ele é o único, e não há outro senão ele; e que amar a Deus de todo o coração, de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo, excede a todos os holocaustos e sacrifícios.” Na narrativa deste evangelho a conversa acaba de um modo muito significativo mas não totalmente satisfatório. Jesus declara ao religioso: “Não estás longe do reino de Deus.” (Marcos 12:28-34 – JFA). Estava perto, mas não fazia parte. Conhecia a letra da lei, mas não conhecia o coração de Deus. O que faltava era determinante: o amor de Deus manifesto a Seu favor quando Jesus morresse na cruz também a Seu favor. Só Jesus nos pode salvar. Jesus na cruz é o holocausto e o sacrifício perfeitos e definitivos. Somos amados para poder amar de verdade e em verdade! Nada mais é preciso!
Se amamos a Deus desta forma cumpriremos os primeiros três mandamentos da lei: “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura (…). Não as adorarás, nem lhes darás culto (…). Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão (…).” (Êxodo 20:1-7 – JFA). Se amamos o próximo como a nós mesmos cumpriremos os restantes sete mandamentos: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar (…). Honra a teu e a tua mãe (…). Não matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Não cobiçarás (…).” (Êxodo 20:8-17 – JFA). Amando a Deus só a Ele adoraremos e louvaremos. Só a Ele teremos como Senhor e como Salvador. E esta é a parte decisiva para entrarmos no Seu reino: recebermos da Sua parte o perdão de todos os nossos pecados, porque todos ficamos aquém da Sua vontade e não temos como em nós próprios de regressar à condição com que fomos criados, e mais do que isso a sermos filhos de Deus. Tudo isso só é possível em e por JESUS CRISTO! Tudo isto para vivermos em amor como o nosso Criador e Pai.
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(João 19:20)
É impossível penetrar nas profundezas de Deus e percebermos porque Deus assim decidiu. Parece-nos radical demais. Temos uma evidência no negativo nas religiões que exigiam dos homens a propiciação, apaziguar a ira divina através dos sacrifícios humanos, da imolação de crianças, em flagelamentos e sacrifícios pessoais. No evangelho é o próprio Deus que assume a propiciação em amor, graça e misericórdia para com toda a humanidade. Ficamos com a doxologia, exclamação de adoração e louvor que o apóstolo Paulo inscreve na carta que escreve aos cristãos em Roma: “Como é imensa a riqueza de Deus e a sua sabedoria e ciência! Quem poderá explicar os seus planos e compreender os seus caminhos! Bem diz a Escritura: Quem é que conheceu os pensamentos do Senhor? Quem antes deu algo a Deus para que isso lhe seja retribuído? É que tudo veio de Deus e tudo existe por ele e para ele. A Deus seja dado louvor para todo o sempre. Ámen.” (Romanos 11:33-36 – BPT)
A árvore da ciência do bem e do mal que o homem preferiu em desobediência a Deus, em vez da natureza que flui em amor, santidade, paz, bondade, santidade e inocência, impõe o governo humano sob a ditadura das potestades do mal. E o homem morre. É despojado da vida de Deus.
O absoluto da maldade só é erradicado, destruído pelo absoluto do amor em Deus na forma humana dando a Sua vida, morrendo por toda a humanidade. O amor de Deus não pode ser mais questionado ou posto em dúvida perante a cruz. A serpente em tudo o que ela personifica lançou uma dúvida letal sobre o caráter divino, sobre a sua essência e natureza. Deus como o inimigo da felicidade e realização do homem. Nada de mais maligno e de mais mortífero. Na cruz Deus desfaz toda a insinuação e acusação. JESUS CRUCIFICADO É O AMOR DE DEUS EM TODA A SUA VEEMÊNCIA, ABSOLUTAMENTE ABSOLUTO (perdoe-se a redundância mas a palavra não pode ir mais além). Amor inegável, amor absoluto e radical que é demonstrado de modo insuperável na cruz de Cristo, aniquilando todas as estruturas do mal. Deus como servo lavando os pés dos discípulos, tocando os leprosos, amigo de publicanos e pecadores, acolhendo os samaritanos, cuspido pela soldadesca romana, coroado de espinhos, chicoteado, vilipendiado, acusado de Belzebu, … o Senhor de todo o Universo, Deus o Criador e sustentador de todas as coisas. Não dá para entender, mas dá para amar de todo o coração e viver extasiado experimentando a salvação e nela o desafio para viver segundo esse padrão.
É uma vez mais pela escrita de Paulo aos crentes na cidade de Éfeso numa oração impactante, que somos colocados desse amor indescritível: “Por este motivo, eu me ajoelho em oração diante de Deus Pai, do qual toda a paternidade, tanto no Céu como na Terra, recebe o nome. Que ele vos conceda, com a riqueza da sua glória, a força de se manterem interiormente firmes e seguros, pelo Espírito. Também peço a Deus que Cristo habite pela fé nos vossos corações e que estejam bem arraigados e alicerçados em amor, para poderem compreender, com todos os crentes, a grandeza, a largueza, a imensidão e a profundidade do amor de Cristo. Que sejam capazes de conhecer o amor de Cristo, ainda que ele ultrapasse qualquer possibilidade de conhecimento, para que Deus vos encha com toda a sua plenitude. Dêmos louvores a Deus, o qual, pela força que nos concede, tem poder para realizar muito mais do que aquilo que nós pedimos ou somos capazes de imaginar. Dêmos-lhe glória por meio da igreja e de Jesus Cristo, agora e para todo o sempre. Ámem.” (Efésios 3:14-21 – BPT)
A MAIOR HISTÓRIA DE AMOR DE TODOS OS TEMPOS!
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Existindo temos que escolher, escolher. A vida é feita de escolhas simples, mas há uma escolha que supera todas as restantes e que é base de todas elas. Uma escolha que determina o nosso presente e o nosso futuro temporal e eterno. Escolhendo podemos rejeitar o nosso Criador, Aquele que nos deu a vida e o resultado disso é simplesmente a morte espiritual. Não apenas a morte física, mas a perda da vida de Deus que é espiritual, e que marca a nossa diferença em relação a todas as outras formas de vida. Fomos criados para vivermos na vida de Deus. Foi assim que Adão e Eva foram criados.
Não há como não escolher e a opção que temos diante de nós é grande, muito grande, tem a dimensão da eternidade e do próprio Deus. Podemos fingir que somos independentes, que dependemos de nós em exclusivo, que somos autossuficientes, que podemos passar sem Ele, que podemos fabricar a nossa própria salvação, podemos inventar a nossa própria religião e até esculpir o nosso próprio deus minúsculo. Mas o fim será trágico. Estamos a ir contra a própria vida, estamos a escolher a nossa morte e a perpetuá-la eternamente.
A maior mentira que pode existir é que a vida de Deus, a essência divina, a natureza do Criador é o nosso maior inimigo. Esta é a maior tolice que podemos alimentar. Deus é o nosso Criador. Deus não precisa de nós, mas criou-nos para partilhar connosco a Sua própria vida, imagem e semelhança. Fomos criados para Ele e só Nele encontramos a nossa verdadeira razão de ser, a nossa essência e natureza.
Com a escolha do deicídio na nossa própria vida decidimos pela morte. Nada de mais lógico. Tirados da “corrente” ficamos às escuras. Tentámos apagar o sol, eclipsámos a sua luz na nossa vida e instalaram-se as trevas e a noite, recusámos a vida e morremos nos nossos “delitos e pecados” como o apóstolo Paulo escreve na carta endereçada à igreja em Éfeso, à igreja universal, e a toda a humanidade.
Mas Deus que já sabia que iria ser assim em função do maior dom que nos concedeu ao nos ter criado como pessoas livres, com direito de escolha e opção, desde antes da fundação do mundo já havia assumido, decidido e determinado que viria ao nosso encontro, tomaria a nossa forma, viveria entre nós como um comum mortal, agiria entre nós de acordo com a Sua santidade, perfeição, amor incondicional, graça absoluta e compaixão. E Jesus veio, viveu assim e nós o condenámos sem saber bem o que estávamos a fazer, embora Ele soubesse muito bem o que tinha decidido e o que estava a fazer. Jesus deu a Sua vida. Morreu e tomou a Sua vida de volta. Deus o Pai, O ressuscitou e agora com Ele nós somos vivificados, ressuscitados e assentados nos lugares celestiais (veja-se Efésios capítulo 2).
O título que escolhemos para este editorial é uma citação das palavras de Jesus no evangelho de Marcos: “Depois chamou a multidão, juntamente com os discípulos, e disse: ‘Se alguém quiser acompanhar-me, renuncie-se a si mesmo, pegue na sua cruz e siga-me. Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas quem perder a sua vida, por causa de mim e do evangelho, a salvará. Pois que que proveito tem alguém em ganhar o mundo inteiro e perder a vida? Que poderá uma pessoa dar em troca da sua vida?” (Marcos 8:141-17 - BPT). Palavras e afirmações aparentemente enigmáticas e difíceis de perceber e decifrar, mas que simplesmente significam que só encontramos a vida em Jesus que é A VIDA e devemos empenhar tudo o que somos nessa decisão que envolve a totalidade do nosso ser. Neste mundo seguir a Jesus e viver a Sua vida, tem o seu custo que corresponde à nossa cruz. Estarmos vivos na vida que Jesus nos comunica tem os seus riscos, mas todos eles valem a pena, porque a vida que vivemos é eterna! E no céu todas as dores cessarão!
Fomos criados por Deus e somos testemunhas oculares da morte que a inimizade contra Deus provocou. A fonte da vida não somos nós, nem nenhuma religião ou divindade criada por nós, nada que coloquemos no lugar de Deus o substitui. É para Ele que temos de nos voltar. Ele voltou-se para nós, suportou a nossa morte e venceu-a. Agora ao escolhermos Jesus recebemos a vida de Deus e somos feitos Seus filhos. Diariamente vamos dar a nossa vida Àquele que é a vida! Só assim vivemos de facto.
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(1 João 4:18 – JFA)
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Samuel R. Pinheiro
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A realidade é que esta verdade no tempo é apenas o reflexo da verdade eterna. Tudo o que tem a ver com o plano divino e com o Seu mover na História, existe desde sempre na eternidade. Antes da fundação do mundo o Cordeiro de Deus – Jesus Cristo, foi destinado para morrer a nosso favor conforme nos informa o Espírito Santo pelo apóstolo Pedro na sua primeira carta: “Saibam que foram resgatados daquela vida inútil que tinham herdado dos antepassados. E não foi pelo preço de coisas que desaparecem, como a prata e o ouro, mas pelo sangue precioso de Cristo, como o de um cordeiro sem mancha nem defeito. Ele tinha sido destinado para isso, ainda antes da criação do mundo, e manifestou-se nestes últimos tempos para vosso bem. Por meio dele crêem em Deus, que o ressuscitou dos mortos, e o glorificou. E assim a vossa fé e esperança estão postas em Deus.” (1 Pedro 1:17-21 – BPT).
Na mesma linha de revelação o apóstolo Paulo fala a respeito de todos os que crêem em Jesus, e que segundo o eterno propósito divino foram escolhidos para uma nova vida segundo a Sua natureza de santidade e amor. “Pois, antes de o mundo existir, ele escolheu-nos para juntamente com Cristo sermos santos e irrepreensíveis e vivermos diante dele em amor. Ele destinou-nos para sermos seus filhos por meio de Cristo, conforme era seu desejo e vontade, para louvor da sua graça gloriosa que ele gratuitamente nos concedeu no seu amado Filho.” (Efésios 1:4-6 – BPT).
O amor das três pessoas da Trindade será contemplado e usufruído na sua plenitude pela nova humanidade recriada em Jesus. Esse amor preenche de modo absoluto a eternidade no absoluto divino, e nós estamos vocacionados a contemplá-lo e a vivenciá-lo: “Pai! Que todos aqueles que me deste estejam onde eu estiver, para que possam contemplar a glória que me deste, porque tu amaste-me antes que o mundo fosse mundo.” (João 17:24 – BPT).
O nascimento de Jesus a que se refere o Natal, é o acontecimento na História do que desde antes da criação de todas as coisas Deus tinha determinado que haveria de ser. Deus não foi surpreendido pela decisão do homem de romper com uma vida e natureza em conformidade com a Sua natureza e essência. O homem preferiu a ciência do bem e do mal e ainda hoje se debate com toda a sorte de frutos amargos, envenenados e podres que daí decorrem. O homem foi criado para viver no amor divino, e não na dialética do bem e do mal.
Um dia destes o tempo como o conhecemos atualmente, marcado pela morte, sofrimento, dor, miséria, fome, guerras, violência, iniquidade, corrução e imoralidade, desaparecerá por completo, e um novo tempo cheio do que a eternidade divina representa será instaurado. Deus habitará com os homens e até os instrumentos de guerra serão transformados em utensílios de lavoura, a ovelha pastará com o leão e a criança brincará com a áspide. Nesse dia céu e terra serão uma mesma realidade.
O plano divino consiste em reunir tudo em submissão a Jesus Cristo. “Deu-nos a conhecer o mistério da sua vontade e o plano generoso que tinha determinado realizar por meio de Cristo. Esse plano consiste em levar o Universo à sua realização total, reunindo todas as coisas em submissão a Cristo, tanto nos Céus como na Terra. Foi também em Cristo que fomos escolhidos para sermos herdeiros do seu reino, destinados de acordo com o plano daquele que tudo opera conforme o propósito da sua vontade. Louvemos, portanto, a glória de Deus, nós que previamente já pusemos a nossa esperança em Cristo.” (Efésios 1:9-14 – BPT). Natal é Deus tornando-se parte da humanidade para a redimir e resgatar, trazendo-a de volta ao Seu amor. O amor triunfa radicalmente na vida e morte de Jesus, bem como na Sua segunda vinda para estabelecer novos céus e nova terra. Celebrar o Natal é celebrar esta vitória na nossa vida e na História!
Samuel R. Pinheiro
A declaração que nos serve de título foi proferida por Jesus Cristo. Na realidade só Ele a podia fazer considerando a Sua identidade como o Filho de Deus, o próprio Deus entre nós como o Homem. A morte não faz parte dos planos futuros de Deus, nem dos Seus planos criativos. Ela é a antítese de Deus. Deus é vida. A desobediência, o pecado, é que introduziram a morte na raça humana. O homem não foi criado para morrer, mas para viver a vida de Deus para sempre. Jesus veio porque nenhum homem podia destruir o poder da morte. Só Ele estava em condições de a destruir e foi isso que Ele fez. Mas ela não podia ser destruída por decreto, tinha que ser destruída passando por ela, experimentando-a. Deus não pode estar sujeito à morte. Não sendo gerado em pecado e não tendo nunca cometido pecado, a morte não tinha domínio sobre Jesus e Ele não podia ser morto. Só Ele se podia sujeitar de vontade própria à morte, e ainda assim, segundo a determinação divina, suportando sobre Si todo o nosso pecado. Por isso desde esse momento, o pecado e a morte foram destruídos. O perdão está ao nosso alcance, é-nos oferecido e com ele a libertação da pena de morte.
Na morte estaremos sozinhos, ninguém estará lá para nos acompanhar, a não ser que entreguemos antecipadamente a nossa vida nas mãos de Jesus nosso Criador e Redentor, Salvador e Libertador. Por isso David, o Salmista, no Salmo vinte e três, inspirado pelo Espírito Santo e ainda antes da vinda de Jesus á terra na Sua missão salvadora, pode declarar em fé: “Ainda que eu atravesse o vale da sombra da morte, não terei receio de nada, porque tu, Senhor, estás comigo. O teu bordão e o teu cajado dão-me segurança.” (verso 4 – BPT)
Não gosto da morte. A morte é uma afronta, um “ente” estranho, um intruso. A partida dos meus próximos, dos meus entes queridos e amigos perturba-me, é um momento doloroso a separação. A Bíblia não esconde a dor causada pela morte de várias personagens, não esconde inclusivamente o facto de que Jesus chorou diante do sepulcro do seu amigo Lázaro, que logo haveria de trazer de volta à vida. Só o Criador para sentir como nenhum outro a perturbação causada na Sua obra pelo pecado. O Novo Testamento não cala a dor e as lágrimas em um ou outro momento da morte de alguns dos seguidores de Jesus. Mas essa dor perfeitamente compreensível é acompanhada de uma gloriosa esperança. No episódio da ressurreição de Lázaro Jesus declarou a Marta, uma das irmãs do defunto: “Eu sou a ressurreição e a vida. O que crê em mim, mesmo que morra, há-de viver. E todo aquele que está vivo e crê em mim, nunca mais há-de morrer. Crês tu nisto?” (João 11:25,26 – BPT)
Quando Jesus proferiu as palavras que usamos como título neste editorial, Jesus começa por sossegar o coração dos Seus discípulos e trazer-lhes ânimo e conforto, fé e esperança: “Não estejam preocupados. Uma vez que têm fé em Deus, tenham também fé em mim! Na casa de meu Pai há muitos lugares; se assim não fosse, ter-vos-ia dito que vou preparar-vos um lugar? Eu vou à vossa frente para vos preparar lugar. E depois de vos ir preparar um lugar, hei-de voltar para vos levar para junto de mim, de modo que estejam onde eu estiver.” (João 14:1-3 – BPT) A razão das razões pra crermos em Jesus é a vida e não a morte. Crer em Jesus significa vida e ainda mais vida, para usar a expressão que Eugene H. Peterson, usa na paráfrase A MENSAGEM (Filipenses 1:21). Como escreveu o apóstolo Paulo acerca de si mesmo, nós também em Jesus, podemos dizer o mesmo: “De facto, para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho” (Filipenses 1:21). Só em Jesus o além deixa de ser manipulado pelas trevas, para ser iluminado pela Sua vida e pelas Suas palavras.
Samuel R. Pinheiro
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“Disse-vos disse isto para que encontrem paz em mim. Têm muito que sofrer no mundo, mas tenham coragem! Eu venci o mundo.” (João 16:33 – BPT)
Estas palavras poderiam alimentar o equívoco de que tudo seria um mar de rosas e ainda há hoje muitas pessoas a pensar que seguir a Jesus significa ficarmos isentos de problemas e dificuldades, principalmente os que decorrem da afirmação e da vivência da fé. Por isso Jesus acaba por “estragar” essas projeções ilusórias. “Agora acreditam? Pois vai chegar a hora, e está mesmo aí, em que cada um há-de fugir para seu lado e deixar-me só. Mas eu não fico só, porque o Pai está comigo.” (16:29-32). Grande lição para nós, quando temos a noção de que estamos sós. Jesus experimentou essa situação, mas como aconteceu com Ele connosco também Deus está sempre presente. Nunca estaremos completamente sós. Jesus veio para fazer de cada um de nós um templo em que Sua presença se manifesta. Esta é a fonte da paz que excede todo o entendimento.
O futuro esconde muitas situações que não divisamos. Existem surpresas. Podemos estar centos de que eles encerram dificuldades e problemas. Isso não significa falta de fé. Olhar o futuro e sabermos que podemos deparar-nos com lutas não é pessimismo, mas o realismo da fé que as palavras de Jesus e os Seus avisos nos ensinam.
Agora Jesus não apenas nos encoraja e estimula, mas dá-nos uma ordem muita explícita. Devemos ter bom ânimo na tradução de João Ferreira Almeida, e ter coragem na tradução da Bíblia Para Todos.
Jesus dá-nos o exemplo. Ele passou pelas situações inenarráveis e venceu. Nós todos com ele também estamos destinados à vitória. A vitória d’Ele é a nossa vitória, e na Sua vitória somos vencedores. Não há vitória sem lutas, sem dificuldades.
No nosso corpo, alma e espírito enfrentaremos tensões. Isso não implica necessariamente fraqueza espiritual ou falta de fé. É aqui que a fé se revela. Sempre dependemos de Deus, mas carecemos também de apoio especializado que não devemos desprezar. Podemos não nos sentir muito confortáveis com o facto de os químicos dos medicamentos podem ter um papel importante na nossa estabilidade emocional. Mas nós fomos criados como um todo.
E esta realidade não põe em causa a realidade dos milagres que Deus opera segundo a Sua soberania, e em conformidade com a nossa fé, e na falta dela na confissão e na busca humilde do amor e do poder divinos segundo a graça como favor não merecido.
A prevenção é decisiva, fortalecendo a fé pela Palavra e aprender de Jesus, que declara “sou manso e humilde de coração. Assim o vosso coração encontrará descanso, pois o meu jugo é agradável e os meus fardos são leves.” (Mateus 11:29,30 – BPT).
Os princípios exarados no chamado Sermão da Montanha são decisivos conforme o Mestre afirma na conclusão: “Todo aquele que ouve as minhas palavras e as põe em prática pode comparar-se ao homem sensato que construiu a sua casa sobre a rocha.” (Mateus 7:24 – BPT)
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Tempo e Modo
A nossa pressa e o nosso vagar não interrompem os planos e desígnios divinos. Podemos especular se muito do que está nas intenções divinas poderia ocorrer num tempo mais rápido do que a nossa falta de confiança, dependência, obediência, submissão e parceria acabam por “impor”. Talvez um dos casos mais notórios e flagrantes na narrativa bíblica seja a do povo judeu durante o êxodo. Um trajeto que poderia ter demorado apenas dois anos, acabou por estender-se por quarenta anos, durante os quais toda uma geração acabou por não entrar na Terra Prometida, à exceção de Josué e Calebe. “Pensem nos anos perdidos, saindo de Cades e voltando a Cades, porque não quiseram crer em Deus. Depois de dois anos no deserto, os filhos de Israel poderiam ter entrado na terra da promessa imediatamente, se não fosse o pecado da incredulidade. É que ouviram as palavras desanimadoras dos espias. (…) Havendo-se recusado a entrar em Canaã, a porta fechou-se para eles. Isso significava terem de peregrinar pelo deserto por quarenta anos. Deus disse que não permitiria que entrassem em Canaã os que tivessem mais de vinte anos de idade, exceto Josué e Calebe.” (MEARS, Henrietta. Estudo Panorâmico da Bíblia. Editora Vida. 1982. Páginas 59 e 60)
A grande lição que aprendemos é a da fé que não se apressa nem se atrasa, mas que segue de perto o ritmo divino. Confiar e depender de Deus, esperar na Sua ação e agir em consonância com a Sua vontade, leva-nos a experimentar e usufruir do que Deus tem para nós no tempo de Deus e não no nosso tempo. Impaciência e procrastinação são duas tendências que não cabem na fé. A fé acerta o relógio pelo tempo divino.
Podemos considerar que logo após ou pouco tempo depois de Adão e Eva terem desobedecido, teriam a expetativa da realização da esperança que Deus havia declarado com o nascimento do Libertador. Ele só haveria de surgir muitas centenas de anos depois com o nascimento de Jesus Cristo. Nessa altura muitos não contavam com a Sua vinda. Podemos nos interrogar porque razão Jesus só nasceu depois de uma longa história da parte do povo no qual haveria de nascer, mas Deus tem razões que a nossa razão e coração desconhecem. Jesus nasceu no tempo certo. Nessa altura surgiu a estrela que haveria de conduzir os magos gentios e porventura pagãos, que alvoraçariam uma Jerusalém adormecida e alienada sob o domínio romano.
Também hoje em dia muitos consideram a segunda vinda de Jesus como improvável e outros como metafórica, simbólica, idealista senão mesmo ilusória ou até patética. Já lá vão mais de dois mil anos depois da Sua promessa. Há muita gente que acredita em Jesus mas não espera a Sua vinda. Apesar de tudo os sinais nunca foram tão claros e neste canto europeu do mundo em que vivemos, eles sucedem-se em catadupa. Alguns cristãos até consideram que a doutrina da segunda vinda é escapista. A Palavra de Deus alerta-nos desde sempre sobre estas opiniões. A ignorância do homem de que nos fala o Eclesiastes é dissipada pela revelação e iluminação divinas. Jesus vai voltar! Ele prometeu e Ele nunca deixou de cumprir as Suas promessas. É claro que só Ele pode desatar o nó da história e isso já aconteceu na cruz e na ressurreição. Ele virá em glória para desfazer as potências do mal e estabelecer o Seu reino de amor, paz, liberdade e justiça. Até lá há que continuar a espalhar a esperança e a vivê-la de forma concreta. Em breve a trombeta vai soar e o Soberano da História e do Universo, o Deus Criador, romperá nas nuvens. Maranata – ora vem Senhor Jesus! Só ele para pôr tudo certo no amor com que nos amou. É tempo de deixar que esse amor norteie o nosso tempo e modo. Não há melhor forma de viver o aqui e agora!
“Antes de tudo, fiquem a saber que, nos últimos dias, hão-de aparecer certas pessoas que viverão de acordo com as suas paixões. Fazendo troça, dirão: ‘Cristo prometeu voltar. Em que é que ficou essa promessa? Os nossos pais já morreram e tudo continua na mesma, como desde o princípio do mundo.’ (…) Porém, o dia do Senhor virá como um ladrão.” (2 Pedro 3:3,4,10 – BPT).
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A citação que nos serve de título fez parte de uma outra citação do discurso do apóstolo Pedro no dia de Pentecostes, depois da ascensão de Jesus aos céus. Essa citação de Pedro reporta-nos ao livro profético de Joel no primeiro testamento: “os vossos anciãos e os vossos jovens terão sonhos e visões proféticas.” (Joel 3:1b – BTP).
O sonho pode ter algum valor como canta na sua poesia o nosso poeta António Gedeão na Pedra Filosofal: “Eles não sabem que o sonho / é uma constante da vida… Eles não sabem, nem sonham, / que o sonho comanda a vida. / Que sempre que um homem sonha / o mundo pula e avança / como bola colorida / entre as mãos de uma criança.” Mas o que aqui nos interessa é o sonho que procede de Deus e incendeia a nossa mente, coração e espírito. Um sonho que não depende de nós, não começa em nós, mas parte de Deus e nos perpassa para alcançar o mundo à nossa volta.
A história regista os grandes sonhos, mesmo os que estão conectados com a igreja e que alteraram o rumo da história como foi o caso dos reformadores protestantes (Martinho Lutero, Jerónimo Savonarola, João Calvino), dos que protagonizaram grandes despertamentos espirituais (Jónatas Edwards, João Wesley, Jorge Withefield, Carlos Spurgeon, Dwight Moody) ou marcantes transformações sociais (Martyn Luther King, William Wilberforce, Wiliam Booth). Mas Deus tem em consideração todos os que participaram nesses sonhos, e ainda todos os sonhos mais pequenos que não couberam nas páginas da história mundial, mas que marcaram cada tribo, nação, sociedade, família, empresa ou projeto. Vidas individuais podem ser sonhos como tochas incendiando o mundo à sua volta.
Qual é o teu sonho? Qual o sonho que nasceu do coração de Deus e que marca a tua vida tornando-a única? Os sonhos podem ocorrer pura e simplesmente a partir da leitura do texto bíblico e da luz que ele faz incidir na nossa vida. O sonho não tem que ser necessariamente um acontecimento místico. Ele pode acontecer de modo espontâneo e (sobre)natural na medida em que convivemos com o que Deus nos diz pela Sua palavra. Mesmo quando os sonhos acontecem durante a noite e de modo menos controlado pela nossa razão, têm de ser filtrados e analisados segundo o ensino bíblico.
Sonhar pode ser arrebatador e algo semelhante a um espetáculo de luz e de som. Mas existem muitos sonhos na vida de muitas pessoas que marcaram vidas e as conduziram à transformação que Jesus proporciona, e que representaram muito sofrimento, privação, dor, oposição, perseguição, difamação, maus tratos, para não dizer inclusive que para alguns representou toda a vida como mártires.
Qual é o meu sonho? Viver a minha vida segundo o modelo que é o meu Salvador. Só o amor que Ele expressou através de toda a Sua vida terrena e que culminou na Sua entrega a nosso favor na cruz, é inexcedível, é o máximo. Uma confidência: Estou muito muito longe de o conseguir, mas tenho a promessa da parte d’Ele que vou chegar lá. É isso que faz uma terrível diferença, ter como modelo Aquele que é o nosso Salvador. Apesar do padrão ser de uma exigência radical e absoluta, a Sua graça e amor incondicional são radicais e absolutos. É nesta paz e harmonia que vivo o meu sonho, a cada fracasso e a cada sucesso. O Seu amor não muda. O sonho é que um dia destes haverá novos céus e nova terra em que habitará a justiça, e até lá há que fazer tudo para realizar o reino de Deus.
“O que sabemos é que, quando Jesus aparecer, havemos de ser iguais a ele, porque havemos de o ver tal como ele é.” (1 João 3:2b – BPT)
Samuel R. Pinheiro
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A fonte da alegria está no Deus que nos ama e que é o Criador de todas as coisas. É d’Ele que nós recebemos a vida e só vivemos verdadeiramente quando temos n’Ele a nossa fonte de realização.
Deus criou-nos para participarmos de um relacionamento pessoal com Ele, para podermos viver na Sua companhia e dependermos d’Ele em toda e qualquer situação e circunstância. A nossa verdadeira alegria está em Deus. Esta é uma alegria permanente que não depende de circunstâncias e situações.
No mundo enfrentamos dificuldades, problemas, lutas, crises, momentos de dor e de tristeza. Mas em meio a essas contrariedades é em Deus que podemos encontrar o conforto e o ânimo de que necessitamos.
Deus sabe tudo a nosso respeito. As nossas dificuldades são totalmente do Seu conhecimento.
Em Jesus Cristo Deus tomou conhecimento pessoal e direto da condição em que o homem se encontra. Não se trata de um conhecimento à distância, a partir do céu onde tudo é perfeito e harmonioso. Deus assumiu a dimensão humana e mostrou-nos na nossa própria estrutura e contingência como se pode viver de forma plena. Jesus foi rejeitado, insultado, injuriado, perseguido, maltratado e incompreendido. Apesar disso sempre estendeu a Sua mão para os necessitados e nunca recusou ajuda a quem d’Ele se abeirou com confiança.
Jesus ensinou-nos através da Sua vida e das Suas palavras como podemos alcançar a verdadeira e genuína felicidade. Na abertura do chamado Sermão da Montanha apresentou-nos o perfil de um homem feliz.
“Ao ver a multidão, Jesus subiu ao monte. Sentou-se e os seus discípulos foram para junto dele. Jesus começou então a ensiná-los desta maneira: ‘Felizes os que têm espírito de pobres, porque é deles o reino dos céus! Felizes os que choram, porque Deus os consolará! Felizes os humildes, porque terão como herança a Terra! Felizes os que têm fome e sede de ver cumprida a vontade de Deus, porque Deus os satisfará! Felizes os que suam de misericórdia para com os outros, porque Deus os tratará com misericórdia! Felizes os íntegros de coração, porque hão-de ver Deus! Felizes os que promovem a paz, porque Deus lhes chamará seus filhos! Felizes os que são perseguidos por procurarem que se cumpra a vontade de Deus, porque é deles o reino dos céus! Felizes serão quando vos insultarem, perseguirem e caluniarem, por serem meus discípulos! Alegrem-se e encham-se de satisfação porque é grande a recompensa que vos espera no céu. Pois assim também foram tratados os profetas que vos precederam.’” (Mateus 5:1-12 – BPT)
Há que considerar que é uma forma estranha para os moldes da cultura que nos envolve esta formulação dos princípios da felicidade.
Na verdade uma nação, uma família ou uma pessoa individual que observa a natureza divina e os princípios espirituais e morais que emanam dela e que estão vertidos no texto bíblico, são felizes. “Feliz a nação, cujo Deus é o SENHOR; feliz é o povo que ele escolheu para si.” (Salmo 33:12).
“Na alegria do Senhor está a vossa força!” declarou Neemias, e ainda hoje assim é (8:10).
Samuel R. Pinheiro
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No Antigo Testamento Deus deixou limites muitos claros para a cobrança de dívidas de tal modo que ela não colocasse em causa a sobrevivência de uma pessoa e da sua família, ou um limiar tolerável de qualidade de vida. A instituição do ano sabático e do ano jubileu estabeleciam um padrão que a falta de diligência, a preguiça ou outros percalços pudessem determinar. Deus estabeleceu a recuperação de todas as posses originais de cinquenta em cinquenta anos.
Não nos prende aqui o debate político do que hoje está acontecer no mundo e que mais não é do que a repetição do que ao longo da história sempre teve lugar.
Podemos considerar muitas dívidas em termos humanos, para com aqueles com os quais nos relacionamos e até para com desconhecidos. Pode existir da nossa parte toda uma disciplina para cumprirmos e satisfazermos os nossos compromissos, mas também podemos chegar a uma situação em que a nossa dívida se torna incomportável e não temos como pagá-la.
A Bíblia fala-nos de uma dívida que temos para com o nosso Criador. Não nos criámos a nós mesmos e toda a nossa existência depende da provisão divina. O mesmo se pode dizer do modo com delapidamos e desconsideramos o governo dos bens que Ele colocou à nossa disposição, o modo como temos arruinado a criação, e como somos tão pouco generosos com o que Ele coloca à nossa disposição para partilharmos com os que se encontram numa situação de fragilidade. Mas também podemos considerar que sempre que negligenciamos o nosso amor para com o Ser que nos criou e que nos sustenta, traduzido na forma como respondemos aos Seus mandamentos que estão ligados à essência da Sua natureza contraímos uma dívida que está além da nossa capacidade saldar. A tudo isso a Bíblia chama de pecado.
A nossa dívida para com Deus é impagável. Não temos como saldá-la. Mas a maior de todas ofensas ainda reside na ideia que alimentamos e que é de todo absurda e ofensiva, que podemos alcançar pelos nossos próprios esforços, pelos nossos sacrifícios, pela nossa religiosidade e ética, pelas ofertas que podemos fazer principalmente os que, com a “sua” fortuna julgam que podem comprar Deus e a bem-aventurança eterna. De um certa forma vendemo-nos, tornámo-nos escravos de nós mesmos e dos poderes malignos, do egoísmo e do egocentrismo, da maldade, da inveja, da competição e da rebeldia contra Deus, e não temos como pagar a nossa alforria.
A árvore da ciência do bem e do mal pela qual o homem no princípio optou em vez do relacionamento e intimidade com o Deus de amor que nos criou, opera segundo o princípio do mérito, da força, do negócio com se tudo se comprasse e vendesse, e como se o relacionamento entre pessoas existisse em função do mercado de valores e da bolsa financeira.
A pessoa não tem preço. Um homem vale mais do que o mundo inteiro. O homem nada pode dar em troca da sua alma. Pensar em comprar e vender um ser humano é uma afronta. Aceitar os outros em função do desempenho não é sustentável. Este sistema apenas produz morte, destruição, conflito, confronto e violência. Foi isso que aconteceu a partir dessa escolha desastrada que ainda hoje repetimos, e que o próprio Deus veio destruir através da Sua presença entre nós, amando-nos na condição em que nos encontrávamos, sendo amigo de publicanos e pecadores, curando os oprimidos do coração e do espírito, libertando os escravos deste sistema corrupto e vil, alimentando multidões a custo zero e, finalmente, dando a Sua vida na cruz em favor de toda a humanidade. A nossa dívida foi cancelada na cruz. Jesus pagou com a Sua vida o preço que custava trazer-nos de volta, e que Ele mesmo estipulou. Isso dá-nos uma ideia totalmente diferente de quem Deus é e de quem somos, chamando-nos a viver de uma modo diametralmente oposto. Em vez do mérito foi instituída a graça como favor imerecido.
“Deus anulou a conta desfavorável das nossas dívidas, a qual nos condenava segundo a exigência da lei. Ele acabou com essa conta, pregando-a na cruz, e venceu as autoridades e os poderes. Humilhou-os publicamente e levou-os prisioneiros em sinal de triunfo, por meio de Cristo.” (Colossenses 2:14,15 – BPT)
Samuel R. Pinheiro
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Não se trata apenas do cansaço provocado pelas fadigas da vida, do trabalho, do esforço físico e do suor. Não se trata apenas das canseiras presentes no esgotamento nervoso, na inquietação da alma, nas depressões, na ansiedade e preocupações com o presente e o futuro. É essencialmente, sem escamotear estes e outros cansaços, o que se manifesta na dimensão espiritual do homem, esquecido de Deus, afastado da Sua vontade, em rebelião aberta com o Seu Criador ou tentando fazer as coisas à sua própria maneira. É também o cansaço e a opressão causados pela religião com todo o seu formalismo, com todas as suas exigências, a tentativa de alcançar por mérito próprio o favor divino.
Ainda encontramos este cansaço que se manifesta de variadas formas. Quantas pessoas sofrem em silêncio? Quantas vivem sob um peso inexorável de culpa e condenação? Quantas carregam o peso da frustração? Quantas encaram o futuro eterno com medo e até pavor? Outros talvez disfarcem, mas no íntimo existe uma inquietude que não deixa sossegar.
O convite de Jesus não é apenas para alguns, para uma elite moral, para um grupo restrito de religiosos, para pessoas bem-sucedidas na sua vida pessoal. Também não é para os que especialmente podemos identificar e catalogar como miseráveis, párias e excluídos. Não! O convite de Jesus é inclusivo, não deixa ninguém de fora. Todos são mesmo todos! O problema de muitos não é que não façam parte dos cansados e oprimidos, mas que não se reconhecem enquanto tal.
Ao longo da história milhões têm experimentado instantaneamente este alívio que Jesus promete. É Ele que alivia porque tem poder para tal, através do seu perdão, restauração, cura e libertação. Ele pode fazer por nós o que nós não podemos fazer por nós mesmos nem pelos demais.
E é neste ponto, depois desta experiência libertadora quando vamos a Ele, que lança o desafio para que aprofundemos e mantenhamos de modo sustentável esse alívio. “Levem o meu jugo e aprendam de mim, porque sou brando e humilde, e acharão descanso para as vossas almas; pois só vos imponho cargas suaves e leves.” (Mateus 11:29,30 – O Livro).
Jesus acrescenta aos atributos da divindade os de “brando (manso) e humilde”. Não são estas as características que pensamos, quando pensamos em Deus. Mas estas são boas razões mais que provadas para acolhermos Jesus como o nosso Mestre. Ele demonstrou de sobejo entre nós que é assim mesmo, sem tirar nem pôr.
“APRENDEI DE MIM…” Com Jesus aprendemos a viver como Deus quer que vivamos e isso leva-nos ao descanso na alma.
Vivemos dias em que a alma dos homens está profundamente perturbada, inquieta, desassossegada e esgotada. Jesus revigora a alma, concede encorajamento e alento. O presente pode ser instável e o futuro ameaçador, mas Jesus indica-nos o modo pelo qual podemos alcançar descanso. Aqui reside a razão pela qual somos tão enfáticos a respeito de Jesus – Ele nos ensina com a Sua própria vida confiando no Pai em meio às circunstâncias mais adversas. No meio da tempestade podia dormir, porque ele sabia que o Seu Pai estava no controle de todas as coisas. O mesmo acontece connosco através d’Ele!
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"PARA O LOUVOR DA SUA GLÓRIA"
Sempre o homem será acompanhado por algumas perguntas que fazem parte intrínseca da sua essência e natureza: de onde vim, para onde vou, porque estou aqui e quem sou? Estas são algumas das questões fundamentais que se prendem com a forma como vivemos, e o modo pelo qual podemos viver! A mudança de uma destas respostas pode alterar substancial e radicalmente a nossa postura e atitude. Uma das formas pelas quais isso pode acontecer é sermos confrontados com alguém que pensa, vive e age de forma diferente. As pessoas com as quais nos cruzamos ou quais as quais acompanhamos são determinantes em relação a isso. É por isso que é tão importante considerarmos seriamente quem são os nossos heróis, ou os nossos pares, os nossos companheiros de caminhada, os nossos amigos e colegas.
Queremos apresentar-lhe a proposta de se encontrar com Jesus Cristo. Não se fique por personagens menores. Opte pela excelência. O desafio pode ser grande e até causar alguma intimidação, mas no caso de Jesus isso é compensado com a Sua compreensão, acolhimento e aceitação incondicional. São mesmo muitos os que foram impactados e literalmente mudados no encontro com esta figura incontornável da História da nossa humanidade. Não precisamos de argumentos para sustentar esta constatação. As conclusões poderão surgir ao longo desse encontro e como resultado d'Ele. Talvez vamos perder tempo e energia a debater esta ou aquela convicção que temos sobre Jesus, antes de você ter o seu encontro pessoal com Ele. Foi isso que aconteceu com Natanael e Filipe precisamente a propósito de quem Jesus é, e isso foi resolvido muito rapidamente com o desafio do último às reticências do primeiro: "Vem e vê!"
A Bíblia aponta-nos para o nível supremo e inultrapassável desse desígnio para a nossa vida - sermos para o louvor da Sua glória! A nossa vida pode corresponder ao mais elevado nível de realização. O apóstolo Paulo ao escrever à Igreja em Éfeso, na abertura da sua carta, concentra-se precisamente nesse propósito que o Criador estabeleceu. Deus não nos concebeu como pessoas de segunda ou terceira categoria. Por causa disso é muito natural que o homem procure prosseguir sempre mais longe e elevado. Muitas vezes, para não dizer a esmagadora maioria, isso é entendido de forma errada. Quando nós entendemos que Deus instilou isso dentro de nós, e que isso é perfeitamente possível através da nossa sincronização com Ele, então as coisas mudam de figura. E olhando para Jesus, que é a pessoa através da qual Deus torna isso possível, temos diante de nós a realidade e a verdade insofismável e indesmentível. Jesus é e viveu assim, para que todos nós arrepiando caminho, voltemos à matriz original. Não importa o quanto nos possamos ter afastado do projeto, é perfeitamente possível recomeçar e realizá-lo para todo o sempre.
Na impossibilidade, por motivos de espaço, reproduzir todo o texto dessa abertura da carta aos Efésios que é também para ser lida e vivida por cada um de nós, citamos algumas passagens:
"Ele destinou-nos para sermos seus filhos por meio de Cristo, conforme era seu desejo e vontade, para louvor da sua graça gloriosa que ele gratuitamente nos concedeu no seu amado Filho." (v. 5, 6).
"Deu-nos a conhecer o mistério da sua vontade e o plano generoso que tinha determinado realizar por meio de Cristo. Esse plano consiste em levar o Universo à sua realização total, reunindo todas as coisas em submissão a Cristo, tanto nos Céus como na Terra." (v. 9, 10).
"Foi também em Cristo que fomos escolhidos para sermos herdeiros do seu reino, destinados de acordo com o plano daquele que tudo opera conforme o propósito da sua vontade. Louvemos, portanto, a glória de Deus, nós que previamente já pusemos a nossa esperança em Cristo." (v. 11, 12)
"O Espírito Santo é a garantia da herança que nos está prometida e que consiste na completa libertação dos que pertencem a Deus, para louvor da sua glória." (v. 14).
Viver nesta dimensão é ter a abundância da vida, aproveitarmos a vida ao máximo e termos nos nossos horizontes a eternidade. Fomos criados para esta qualidade de vida e ela é possível por Jesus Cristo, que a viveu integralmente, morrei e ressuscitou para que ela fosse possível e a demonstrou até às últimas instâncias.
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"ESTÁ CONSUMADO"
Este é o brado que marca a História da humanidade e define o momento a partir do qual a nossa reconciliação com Deus foi concretizada. Jesus cumpriu na íntegra a Sua missão. Era necessário que Ele fosse à cruz e morresse. Os Seus discípulos não entenderam o que Ele lhes falava sempre que Ele abordou este assunto. Era incompreensível para eles.
Um dos exemplos mais flagrantes é o de Pedro, ao responder à pergunta de Jesus "E vós quem dizeis que eu sou?", respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Jesus declarou ao discípulo que a sua afirmação não era resultado da sua esperteza ou inteligência, mas da revelação que o Pai lhe concedera: "Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu pai que está nos céus." (Mateus 16:13-20). Logo mais "começou Jesus a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto, e ressuscitado no terceiro dia." O mesmo discípulo que antes falara de modo tão pertinente e verdadeiro, na iluminação divina, ficou chocado, escandalizado e apressou-se a reprovar a Jesus: "Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá." A cabeça, a mentalidade, a perspetiva, a declaração que antes havia pronunciado com a aprovação de Jesus, não se encaixava com o que o Mestre estava a dizer. Uma coisa não batia com a outra. Mas de uma forma muito frontal Jesus respondeu a Pedro: "Arreda! Satanás; tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e, sim, das dos homens." (Mateus 16:21-23).
O contraste é violento. Da revelação do Pai a ser porta-voz do próprio Diabo. Jesus, o Cristo, o Filho do Deus vivo, veio precisamente para dar a Sua vida pelos homens. Isto sempre foi e sempre será difícil de engolir. Ainda hoje muitos religiosos e teólogos ditos cristãos, rejeitam este veredito. O Corão nega que Jesus tenha morrido na cruz. Nos escritos de Paulo isto é escândalo para os judeus, e loucura para os gentios. Mas esta é a essência da mensagem cristã. Por isso Paulo afirma: "mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus" (1 Coríntios 1:23,24).
Podemos escrutinar cada um dos evangelhos, o livro histórico dos Atos que narra o começo e crescimento exponencial da igreja, as cartas de cada um dos apóstolos e todos os restantes documentos que constituem a parte da Bíblia depois de Jesus Cristo, e encontraremos a mesma dificuldade. Os discípulos até ao momento da crucificação não tinham entendido, ficaram desiludidos e chocados, fugiram e esconderam-se. Pensaram que afinal de contas tudo o que pensaram que estava a acontecer tinha ido água abaixo, se tinha esboroado. A cruz e a morte de Jesus eram a derrota, o fim de um sonho, de uma ilusão, de uma utopia, de um ideal.
A própria ressurreição numa primeira instância não muda completamente o cenário. Jesus ainda os encontra de volta à faina do mar. A Sua ascensão leva-os a Jerusalém segundo a Sua ordem expressa, e é no derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, que tudo se altera e Pedro, numa unção e entendimento antes não alcançado, no seu discurso perante os judeus atónitos perante o que estava a acontecer, proclama alto e bom som: "Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós, com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmo sabeis; sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o mataste, crucificando-o por mãos iníquas; ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela. (...) Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo." (Atos 2:22-24,38).
Também eu não entendo porquê. Mas no Seu amor e justiça, assim decidiu o Soberano Deus, o que demonstra o "absoluto do mal do pecado" que foi derrotado pelo absoluto amor divino. O que pode parecer o maior momento de fraqueza e derrota do Criador, crucificado às mãos dos homens, é o momento de maior força e vitória, dando a Sua vida para que fosse transplantada em nós. Palavas difíceis hoje para a maior das pessoas como expiação, redenção, remissão, justificação, propiciação significam que Deus nos perdoou da única maneira possível, porque não há perdão sem preço. "ESTÁ CONSUMADO!" Tudo foi feito. Apenas precisamos acolher, aceitar e viver!
Samuel R. Pinheiro
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"NÃO É O QUE ENTRA PELA BOCA..."
Nos tempos em que Jesus andou por esta terra e lidou com os religiosos do seu tempo, os que supostamente seriam os representantes de Deus e os portadores da Sua Palavra e Seus preceitos, aconteceram situações para nós impensáveis, mas que não estarão muito longe do que a religião é especialista em criar ainda hoje em dia.
Segundo o relato do escritor do primeiro evangelho, alguns fariseus e escribas expressaram a sua reprovação a Jesus pelo fato dos Seus discípulos não lavarem as mãos quando comiam. Segundo uma nota de explicação de Russell P. Shedd, na Bíblia Vida Nova: "A tradição da lavagem das mãos era simples higiene antes das refeições. Veio a ser um tipo de purificação ritual para afastar a mínima possibilidade de a pessoa ter sido contaminada pela poeira advinda de algum pagão. A ocupação dos romanos intensificou o legalismo, na tentativa de atingir 'a santidade' e conseguir o socorro necessário de Deus para a expulsão dos pagãos. Não percebiam, porém, que certas interpretações tinham já violado a verdadeira lei."
É esta a armadilha em que a religião tende a envolver os seus paladinos. Um conjunto alargado de preceitos meramente formais que aprisionam, asfixiam, oprimem, dividem e excluem. Dão a impressão de que Deus é um ser mesquinho que se entretém com ninharias. Os religiosos tornam-se juízes que condenam os outros, inventando cargas para lançar sobre os ombros do povo, lançando acusações, vivendo da culpa.
Foi isto que Jesus encontrou. Um profundo e entranhado engano sobre quem Deus é e o modo como Ele age em relação aos homens.
Jesus responde demonstrando o que de mais perverso o homem e a religião são capazes de fazer: interpretar a palavra de Deus fazendo dela o contrário do que ela é. Era isso mesmo que eles faziam sobre o mandamento de honrar o pai e a mãe. Tradições que invalidavam a palavra de Deus, atribuindo a Deus o que era devido aos seus progenitores.
Como conclusão, Jesus adianta usando para isso as palavras do profeta Isaías: "Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens."
A partir desta situação que desvirtuava a verdade sobre Deus e a Sua vontade, Jesus aproveita-a para dar a conhecer a verdade divina: "Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem."
Como se os Seus amigos mais próximos não entendessem o que queria dizer, Jesus explicou de forma bem clara e objetiva: "Não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre, e depois é lançado em lugar escuso? Mas o que sai da boca, vem do coração, e isso é o que contamina o homem, porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfémias. São estas coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar as mãos, não o contamina." (Mateus 15:1-20).
O problema do homem está no seu coração, na essência do seu ser, é daí que procede tudo o que está de errado e todo o mal. E Jesus veio para resolver essa situação que o homem por si próprio não pode tratar. Mudar por dentro é o que Deus pode fazer. É um milagre que só Ele pode realizar.
Ter cuidado com a nossa alimentação é algo que devemos ter na devida ponderação, em virtude de devermos tratar bem do nosso corpo e todo o restante do nosso ser. Mas não devemos descorar a nossa identidade, a nossa condição espiritual. O problema não são os pecados, mas a natureza pecaminosa da nossa natureza. Para alcançarmos um fruto diferente da árvore que somos, é tem de mudar o seu DNA espiritual! E isso foi o que Jesus veio tornar possível. Podemos dizer ainda que o problema do homem não é o pecado nem os pecados, mas aceitar de boa vontade e com gratidão a oferta de perdão que Jesus nos estende. Ninguém ficará para sempre separado de Deus porque é pecador e peca, mas porque não recebe o perdão que Ele lhe oferece mediante a Sua morte e ressurreição. O pecado mata e não prescreve. Só a morte de Jesus Cristo tem o poder de o destruir, aniquilar, exterminar. Isso é necessariamente algo que não entendemos, mas não sabemos toda a extensão do que é o pecado e os seus desdobramentos. O facto é que Aquele que sabe o que o pecado é, e as suas consequências no tempo e na eternidade, decidiu pela única possibilidade de dar cabo dele - a morte de Jesus Cristo! Isto torna o Evangelho totalmente diferente do que é a religião! Não é de mais regras e juízes religiosos que precisamos, mas do perdão divino mediante a cruz!
Samuel R. Pinheiro
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PELA FÉ...
A fé é um firme alicerce do que esperamos, e o que esperamos da parte de Deus de acordo com a sua revelação escrita e pessoal por Jesus Cristo, é uma esperança radical que se dirige ao aqui e agora que vivemos na nossa presente condição, e que se concretiza em toda a sua plenitude e de modo absoluto na eternidade.
Enquanto aqui nos encontramos sabemos que teremos lutas, dificuldades, problemas, dores, sofrimento, doenças, conflitos, adversidades, frustrações, desaires, fracassos. Mas em nenhuma das vicissitudes estamos sozinhos. Deus está sempre presente embora algumas vezes parecendo longínquo (o que é a ilusão da nossa finitude, ignorância e fraqueza espiritual), e Ele nos inseriu numa família que não sendo perfeita é um esteio, um suporte, um encorajamento concreto (assim deve ser porque para isso foi e está a ser formada).
Deste forma Jesus que nos avisou antecipadamente que a vida com Ele não seria um mar de rosas como a Sua também não foi, podemos mesmo dizer nos ordena a que tenhamos bom ânimo, ou seja que não sejamos reféns do desânimo e do desalento, mas por um ânimo bom que tem como principal referência e inspiração o facto de que Ele venceu. A vitória d'Ele é também a nossa vitória. Um outro texto bíblico declara que somos mais do que vencedores.
Mas a nossa esperança não se resume apenas a esta terra e a Palavra de Deus chega ao extremo de declarar que se apenas esperarmos em Cristo nesta terra seremos os mais miseráveis de todos os homens, não porque aqui não tenhamos a melhor de todas as companhias e o melhor de todos os suportes, mas porque os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória porvir a ser experimentada por todos os que confiam a sua vida nas mãos do Criador, acolhem o facto de que nós não somos autores e fabricantes de nós mesmos, que somos criação divina e, apesar de termos cometido a alta traição de nos rebelarmos contra Quem nos fez à Sua própria imagem e semelhança e ainda hoje preferimos construir o nosso reino como se fôssemos autossuficientes e donos do que quer que seja, em e por Jesus Cristo Deus traz-nos de volta a Ele com a demonstração maior de amor que alguma vez nos poderia dar - morrer às nossas mãos para vencer a morte, o ódio, a maldade, a violência.
Temos todas as razões para vivermos impulsionados e animados por uma viva esperança. O texto bíblico pela escrita de Paulo diz-nos que Cristo em nós é a esperança da glória. Na realidade esperamos novos céus e nova terra em que a justiça habitará para sempre. Ninguém será obrigado a participar, mas todos sem exceção são acolhidos desde que sem qualquer preço aceitem o que já foi alcançado por parte do próprio Deus.
O mal não tem sentido e não faz sentido procurá-lo. Ele não existe para permanecer, mas para ser destruído e erradicado da história da humanidade. Deixo aqui uma citação do livro "O Deus que eu não entendo?" (pág. 48), de Cristopher J. H. Wright e publicado pela editora Ultimato: "Deus, em sua infinita perspetiva, e por razões as quais só ele conhece, sabe que para nós, seres finitos, o mal não pode e de fato não deve "fazer sentido". Porque a verdade final é que o mal não faz sentido. "Sentido" faz parte da nossa racionalidade, que é em si parte da boa criação de Deus e da imagem de Deus em nós. Assim, o mal não pode fazer sentido, já que o sentido é em si algo de positivo."
"O mal não tem um lugar próprio junto à criação. Ele não tem validade, nem verdade, nem integridade. Ele não pertence intrinsecamente à criação, já que originalmente ela foi feita por Deus, e não pertencerá à criação, pois no final Deus irá redimi-la. Ele não pode e não ser incorporado ao universo como uma parte racional, legítima e justa da realidade. O mal não está lá para ser entendido, mas para ser resistido e, no final, expulso. O mal era e continua a ser um intruso, uma presença estranha que tem se sentido quase (mas não de forma definitiva) inevitavelmente 'em casa'. O mal está além do nosso entendimento porque não faz parte da realidade definitiva que Deus, em sua perfeita sabedoria e absoluta fidelidade, quer que entendamos."
O terror não terá a última palavra, mas sim o amor sacrifical. Não matar em nome de Deus por todas as religiões ou pelos que se apresentaram na história como sendo não religiosos, mas pelo amor sacrificial do próprio Deus que na cruz morreu em favor de toda a humanidade. A esperança em Cristo é certeza absoluta.
"O fato essencial da existência é que esta confiança em Deus, esta fé é o alicerce sólido que sustenta qualquer coisa que faça a vida digna de ser vivida. É pela fé que lidamos com o que não podemos ver. Foi um ato de fé que distinguiu nossos antepassados, elevando-os acima da multidão." (Hebreus 11.1 - paráfrase "A Mensagem de Eugene H. Peterson, editora Vida)
Samuel R. Pinheiro
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"VIMOS A SUA ESTRELA NO ORIENTE"
Do oriente vieram magos em busca do Rei acabado de nascer anunciado porque viram a sua estrela, um sinal singular mas perfeitamente contextualizado com a sua cultura e campo de estudo e ação. De tal forma esse sinal foi contundente e impactante que eles puseram pés a caminho, fizeram as malas, prepararam presentes escolhidos a preceito e adequados ao Rei que acabara de nascer e carregados de simbolismo. Este episódio está repleto de sentido em relação ao modo como Deus comunica e dá a conhecer os Seus planos e intervenções na história, como quer e a quem quer. Para Ele não existem barreiras ou obstáculos intransponíveis. Deus sabe falar a língua da mente e do coração de cada homem. A própria ignorância, ou o paganismo, ou práticas estranhas e até reprovadas pela revelação de Deus, não significa que Deus não ame, ou seja indiferente. Porventura estes magos dedicavam-se à astrologia ou à magia. Deus usa uma estrela, a linguagem que eles conheciam e sobre a qual se debruçavam, e através delas mostra-lhes que o Rei nascera.
Apesar de saberem o suficiente para iniciarem a sua viagem chegaram a Jerusalém com a pergunta chave de toda a sua aventura: "Onde está o recém-nascido Rei dos judeus?" (Evangelho de Mateus 2:2). São os estrangeiros que trazem a notícia, apontam o sinal e declaram a determinação de O adorarem. "Vimos a sua estrela no Oriente, e viemos para adorá-lo." É de fora que vem a notícia e o anúncio. São estranhos que são portadores da informação. Deus anunciou a não judeus que o Rei dos judeus nascera, porque na verdade esse Rei judeu, não o seria apenas para os judeus, mas para todas as pessoas, em todas as culturas e línguas, de todas as raças e estatutos sociais, em todos os tempos.
Tanto Herodes como toda a Jerusalém ficaram alarmados. A notícia causou-lhes perplexidade e espanto, mas também incómodo e mal-estar. Herodes chamado pelos romanos como reis dos judeus sentiu-se ameaçado. De quem seria o atrevimento de colocar em causa o seu estatuto e o seu poder. Quem teria semelhante desplante. Afinal quem se atrevia a passar por cima do poderio romano e como é que um bebé podia colocar em causa a sua liderança?
Segundo o relato bíblico Herodes sabia a quem perguntar acerca do que estava a acontecer, e sobre o que os magos inquiriam. "Então convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer." Os religiosos sabiam a resposta através dos livros sagrados, mas apesar de saberem e de darem a informação correta, não se sentiram de maneira nenhuma atraídos, curiosos ou decididos a comprovarem se na realidade era assim. Como "representantes" de Deus na terra, como estudiosos da lei e dos profetas, ficaram indiferentes à afirmação dos magos. Os de dentro não mostraram nenhum interesse em seguir na rota dos profetas até Belém, os de fora não se importaram com o esforço que tinham a fazer e com os obstáculos a vencer, e Herodes sentindo-se ameaçado tentou arranjar um expediente para se livrar do infante que lhe ameaçava o lugar. "Em Belém da Judeia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta: E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel." (2:5,6)
Especulando um bocadinho estes magos devem ter ficado admirados que o sinal que os movera até Jerusalém, e a declaração profética, não arrancasse os religiosos da sua letargia e acomodação. E lá seguiram o seu caminho sem a companhia dos eruditos da profecia, guiados pela estrela que tinham visto no Oriente e que agora os precedia, até ao lugar onde o menino se encontrava e onde parou. Um déspota e uma cidade alarmados, religiosos indiferentes e alguns magos esfusiantes. "E vendo eles a estrela, alegraram-se com grande júbilo." (2:10). Tinham chegado ao destino. "Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra." (2:11)
Hoje como ontem, passados dois mil anos, Deus continua a mostrar-nos através de muitos indicações que o Rei já nasceu, o Senhor do Universo veio ao nosso encontro, o Criador de todas as coisas e o nosso próprio Criador deu-se a conhecer, para que sem qualquer discriminação possamos reencontrar n'Ele o sentido da nossa existência e a nossa verdadeira essência. Os magos voltaram para casa, mas não eram já as mesmas pessoas. Voltaram diferentes... eles tinham visto... sabiam a verdade... contemplaram e adoraram o Senhor! Que neste Natal os sinais não prendam de tal maneira a nossa visão que deixemos de ver e concentrar-nos em Jesus... o sinal não é um espetáculo ou uma distração, é apenas o meio para nos trazer até ao Protagonista e Autor principal da História e do nosso sentido.
Samuel R. Pinheiro
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RELIGIÃO - LIBERDADE E VIOLÊNCIA
Julgo que não será errado dizer que todas as religiões em algum momento consideraram que o poder político era um aliado para impor as suas crenças, a sua moral e a sua ética através da violência, da perseguição, da intimidação, do medo, da pobreza e da miséria. Ninguém pode atirar a primeira pedra porque todos têm os seus telhados de vidro. Mas existem algumas diferenças de fundo como é o caso de facilmente podermos constatar que alguém pode matar invocando o nome de Jesus Cristo, mas não pode matar por ordem de Jesus Cristo. Ele nunca lançou mão da violência, embora não exista qualquer base para a conceção de um Cristo frouxo, inseguro, politicamente correto. Jesus foi frontal e honesto com os poderosos da religião, com os hipócritas, com o povo, com o sistema. O mesmo não se pode dizer de alguns líderes religiosos que lançaram mão das armas para expandir as suas ideias. Jesus nunca o fez nem nunca o promoveu, nem deu orientações para que assim fosse feito. Antes bem pelo contrário, sempre o condenou. O projeto de Jesus Cristo não é político nem pode ser politizado ou partidarizado. Trata-se de um plano espiritual que tem repercussões em tudo o que diz respeito à vida de cada um que o aceita e com o qual se compromete.
Pessoalmente continuo a perfilhar a ideia de que sendo a religião o esforço do homem para tentar alcançar Deus, Jesus não veio para implantar ou dar origem a nenhuma religião. A religião é o esforço do homem. Jesus Cristo é o próprio Deus vindo ao encontro dos homens, fazendo o que eles nunca poderiam fazer. O homem não consegue alcançar Deus. Pode tatear respondendo ao apelo que o próprio Deus incutiu dentro da Sua obra-prima. Admito que outros possam ter outra perspetiva e defendam outra argumentação. Esta serve de forma razoável e julgo que de modo muito contundente a essência singular do evangelho.
O evangelho é totalmente avesso à estratégia da força para impor as suas convicções porque no evangelho não é pelas regras, pela ética ou pela moral, pela liturgia ou pelos serviços religiosos que alcançamos a Deus, como também não o alcançamos pelas nossas boas obras, pela nossa eventual virtude. Não é por sermos "bons" que logramos a nossa salvação. Por isso a fé que nos vem pela palavra de Cristo e da qual Ele é o autor e consumador não pode ser legislada. É pela graça, pelo favor de Deus que somos reconciliados com Ele. O evangelho aponta-nos a cruz de Jesus Cristo como o único meio pelo qual podemos ser salvos. Nunca como hoje, no ambiente que estamos a viver em termos do terrorismo, isso se torna mais urgente e mais premente. Não podemos obrigar os outros a viver como nós consideramos que devemos viver. Não podemos obrigar os outros a aceitar o que para nós é certo ou errado de acordo com a revelação divina. Deus deu-nos orientações muito específicas de acordo com as quais devemos viver, quando em liberdade e por nossa escolha decidimos seguir a Jesus. Mas o que para nós é certo, não pode ser imposto a quem não quer viver dessa forma. O próprio Deus procede dessa maneira. Com isto não estou a querer dizer que a sociedade não beneficie como um todo quando os valores e princípios cristãos são absorvidos. Mas não confundamos a cultura influenciada pela fé cristã, com a vida cristã decorrente de uma experiência pessoal com Jesus Cristo, com o novo nascimento, com a conversão, com o arrependimento, com a mudança espiritual provocada pelo Espírito Santo. Por outro lado também não é menos verdade que quando nos parece que a sociedade perfilha uma cultura dita cristã, o que de hipocrisia sobeja é muito mais do que imaginamos. O mesmo acontece em todos os grupos, sejam religiosos ou político-partidários quando defendem uma determinada legislação e afinal de contas a vida privada dos proponentes e defensores está nas suas antípodas.
A sociedade não pode viver sem algumas definições muito claras e objetivas do que se deve ou não deve fazer, sobre o que é correto e o que não é. A justiça é essencial à vida em sociedade. Tem de existir um padrão pelo qual uma sociedade se deve reger. O relativismo e o pluralismo mais cedo ou mais tarde redundarão em desastre quando levados ao extremo. Já hoje somos confrontados na escola e na sociedade em geral com crianças, adolescentes e jovens que não têm qualquer noção de respeito, de reconhecimento dos princípios da vida em sociedade, de aceitação das normas dentro de uma sala de aula, da valorização do conhecimento e do trabalho. Mente-se, engana-se, rouba-se, ameaça-se, agride-se, provoca-se, etc. com uma consciência cauterizada, um sangue frio que causa uma profunda apreensão em relação ao presente e ao futuro próximo.
A função de sal e de luz da igreja e dos seguidores de Jesus na sociedade não é o de impor a sua moral, mas a de viver essa mesma moral no relacionamento pessoal com cada um dos vizinhos, na consciência das nossas fraquezas, debilidades, erros e falhas; sem qualquer sobranceria ou sentido de superioridade. Com amor e aceitação, não subscrevendo o que está mal, mas não recusando a pessoa porque todos nós sofremos do mesmo problema, e todos carecemos da mesma graça divina, do mesmo perdão e transformação.
A teocracia não é o projeto cristão para as sociedades em que vivemos. A parte da Bíblia que nos narra a história do povo de Israel dá-nos a conhecer um regime em que os princípios dados por Deus deveriam ser observados por todo o povo embora eventualmente apenas durante o período do êxodo com Moisés, de Josué e durante o período do profeta Samuel a liderança espiritual abarcava a totalidade da vida da nação. Durante o período dos juízes e da monarquia embora tenhamos situações distintas de rei para rei, e fosse expetável que este estabelecesse a lei dada por Deus, existia uma separação de funções. Com a vinda de Jesus Cristo o Seu projeto é a da edificação da Igreja da qual fazem parte todos os que têm uma experiência pessoal com Ele.
No terrorismo do islamismo radical temos uma hostilidade em relação à cultura ocidental que é mais pós-cristã do que cristã, defende-se um conjunto de posturas principalmente em relação às mulheres que colidem com a permissividade do ocidente. Embora na Bíblia nós encontremos valores que se opõem à mesma cultura, o facto é que eles não nos foram dados para serem impostos pela via da lei. Ao longo da história e nos dias de hoje podemos encontrar certos grupos em que o fanatismo grassa e em que o exagero nos usos e costumes é alarmante. Mas o facto de existir essa clivagem, ela nunca por nunca ser poderia ser assumida pela violência no contexto do evangelho. Como cristãos sofremos essa perseguição e corremos o risco de sermos atingidos por ela.
Mas existe uma outra perseguição que não pode ser ignorada nem silenciada por grupos extremistas e outros que nem serão assim tão extremistas, contra todos os que confessam a Jesus Cristo como o único Senhor, como Salvador, como o seu Deus. Mas disto Jesus Cristo nos avisou de forma clara e solene. A Igreja surgiu e desenvolveu-se num ambiente hostil, de perseguição feroz, tanto movida pela religião como pelo poder político. Não esperemos que hoje aconteça de forma diferente. Não foi por causa disso que os seguidores de Jesus deixaram de viver em função dos valores do amor aos próprios inimigos, retribuindo o bem ao mal que lhes era infligido. O sangue dos mártires potenciou o crescimento qualitativo e quantitativo da Igreja. Fomentar uma guerra religiosa não está dentro dos parâmetros da fé que provém de Jesus Cristo, nem sequer nos deixar enganar ou iludir com ela. Compete-nos esclarecer, explicar de modo inteligente, sábio, amistoso mais do que atacar quem não crê em Quem nós cremos. Embora devemos cultivar uma postura esclarecida e rigorosa sobre as várias correntes religiosas não devemos generalizar e colocar tudo no mesmo saco, porque nem todos os que professam uma determinada religião são terroristas ou intolerantes.
Julgo que em relação ao poder político seja ele central ou local não podemos embarcar na lógica de que se não nos dão a nós também não devem dar a outros, mas no mínimo que nos concedam o que disponibilizam a outros, tendo em consideração que a nossa profunda fragmentação é um obstáculo muito sério à equidade neste como noutros domínios. Uma linguagem desbragada não condiz com o espírito e a letra do evangelho de Jesus Cristo e muito menos a defesa da restrição ou anulação da liberdade religiosa em relação a determinados grupos religiosos ou a perseguição por motivos religiosos sem confundir esta postura com a legítima ação do Estado de oposição, contenção e repressão pelas vias legais de todos os incentivos à violência e ao terrorismo.
Mantenhamos sempre no nosso coração as palavras de Jesus: "Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós." (Mateus 5:12)
Samuel R. Pinheiro