SORTE
"Em meu nome pessoal, desejo que a sorte vos abençoe", referência de uma conservadora da Conservatória do Registo Civil de Lisboa, no primeiro "casamento" celebrado em Portugal entre duas mulheres. (Revista Visão, 10.06.2010, p. 106)
O que aqui nos interessa não é comentar o dito casamento homossexual, mas a forma como é este "abençoado" invocando a sorte. De facto seria incongruente invocar o nome de Deus para abençoar um relacionamento que Ele não aprova, mas a invocação da sorte revela muito sobre não apenas a secularização que nos invadiu, mas o próprio paganismo que se instalou. Quando Deus é "banido" tem que se arranjar um substituto mesmo que seja "a sorte", uma energia positiva, ou apenas o acaso e o acidente.