Polémica entrada de Deus na Constituição húngara
"Viktor Orban festejou ontem quase como um vitória pessoal a aprovação parlamentar da nova constituição da Hungria, a qual inclui referências a Deus, ao cristianismo e à família tradicional, entre outras medidas controversas." (Jornal Diário de Notícias, 19 Abril 2011, p. 25, Patrícia Viegas)
Trata-se de uma mudança surpreendente para uma Nação que viveu sob o regime comunista, mas não nos deixa eufóricos ou particularmente satisfeitos. O evangelho, a vida cristã, a relação pessoal com Deus não se pode determinar através da legislação. Não se é cristão porque se nasce ou não num país onde a constituição reconhece a existência de Deus e os valores da família, da dignidade da vida humana, do casamento heterossexual, ou outro qualquer princípio bíblico.
Sem sombra de dúvida que uma sociedade é beneficiada pelos valores cristãos vividos, mas isso não resulta de uma prática determinada pela lei, mas de uma transformação de vida individual. As leis podem existir e a hipocrisia prevalecer, sendo que o resultado é mais negativo que positivo. Leis que respeitam os padrões divinos são uma protecção para a população, mas o decisivo é a atitude do coração de cada cidadão. A vida cristão não é imposta de fora para dentro, mas surge de dentro para fora pela acção do Espírito Santo. A educação é importante mas nunca pode dispensar a conversão. A educação cristã orienta a criança, o adolescente, o jovem ou o adulto para um encontro pessoal com Deus, e para a transformação operada no novo nascimento.
"Digo-te muito seriamente que, se alguém não nascer de novo, não poderá ver o reino de Deus." (Palavras de Jesus ao religioso judaico Nicodemos registadas em João 3:3, tradução "O Livro")
SRP