O que a Bíblia diz mesmo sobre sexo
"Há novos estudos sobre trechos picantes do livro sagrado e como neles são tratados temas como adultério, o divórcio e o amor entre pessoas do mesmo sexo" (Revista Única, 26 de Fevereiro 2011, pp. 72-75, Lisa Miller)
Não é a primeira vez que se tenta deturpar as narrativas da Bíblia e procurar que ela diga o que lá não está. A começar primeiro pela tentativa de colocar a Bíblia contra o sexo, identificando-o com o pecado original, e como um dimensão do homem que compromete a sua santidade. Ora quem conhece a Bíblia sabe que essa não é, de capa a capa, o ensino da Bíblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento. Da mesma forma quando se procura encontrar na Bíblia um apoio para o sexo extraconjugal ou a homossexualidade, não é preciso conhecer muito da Bíblia para chegar à conclusão de que não há nenhuma passagem bíblica que dê suporte a semelhante postura.
Hoje em dia está em voga a ideia de que cada um pode interpretar como pretende um texto, seja ele da Bíblia o de um conto ou romance. O que não se pode de certeza é pôr um texto a dizer o que ele não diz, apesar de que assim se queira. Um dos argumentos dos autores de dois livros lançados com esta intenção é bem claro "A Bíblia é um texto antigo, inaplicável nas suas particularidades ao mundo moderno. Na Bíblia, 'o casamento tradicional' não existe." E depois passa-se a enumerar os casos de poligamia narrados na Bíblia como prova. As práticas descritas não se sobrepõem aos princípios universais e intemporais que a Bíblia apresenta desde a criação. A questão de fundo é que o homem não quer viver em função do que sabe ser o ensino bíblico e quer encontrar argumentos para contornar esse ensino. Com esta motivação até é possível encontrar na Bíblia a afirmação de que Deus não existe, só que se esconde o facto de que é o estulto que assim fala.
No texto a que fazemos referência a determinado momento escreve-se que "A Bíblia é severa e preconceituosa sobre sexo. Proíbe a prostituição, adultério, sexo antes do casamento para as mulheres e homossexualidade. Mas há excepções em todos os casos (...)." Os autores confundem os princípios com as narrativas dos que os não observaram, em conformidade com a realidade do diagnóstico que a Bíblia faz de toda a humanidade "todos pecaram, tendo perdido o direito de acesso à glória de Deus." (Romanos 3:23 - tradução "O Livro") As distorções são tão flagrantes que não merecem sequer mais comentários. Ficam apenas uma vez mais explícitas as incongruências dos que tentam a todo o custo desfigurar a Palavra de Deus. Quando o homem não quer viver segundo os princípios divinos, fica prisioneiro da sua cegueira espiritual e moral, que o impede de ver e entender o que de forma tão clara e com a ajuda do Espírito Santo se lê no texto bíblico.
O sexo foi criado por Deus para ser vivido no compromisso de amor e fidelidade conjugal heterossexual. Esta é a base da criação no princípio, quando Deus fez o homem e a mulher, e a linha mestra de todo o ensino bíblico após a queda do homem.
"Deus criou então o homem semelhante ao seu Criador; assim Deus criou o homem. Homem e mulher - foi assim que os fez. Deus os abençoou, e disse-lhes: 'Multipliquem-se, encham a terra, dominem-na e também toda a vida animal da terra, dos mares e dos ares; dou-vos toda a vida vegetal, toda a espécie de frutos para alimento. A todos os animais dou igualmente como alimento a vida vegetal.' E foi assim que aconteceu. Deus viu que tudo quanto tinha feito era excelente. Assim passou o sexto dia." (Génesis 1:27-31 - tradução "O Livro")
SRP