Notas soltas sobre a visita papal
O PAPA EM PORTUGAL
Dificilmente alguém atento aos meios de comunicação social terá ficado indiferente à visita do Papa da Igreja Católica Romana. Certamente que não vivemos numa sociedade crente e muito menos praticante do que diz crer, mas não deixa de ser impressionante o peso que o catolicismo romano exerce através dos meios de comunicação, ou a influência que os meios de informação exercem sobre a sociedade neste particular. Tanto obscurantismo causa náuseas. Deus tenha misericórdia da nossa nação e traga um avivamento sobre a Sua Igreja, para que intrepidamente anunciemos o genuíno evangelho de Jesus Cristo.
Como cristãos evangélicos o papa não nos diz nada porque não existe nada na Bíblia que aponte nesse sentido, antes bem pelo contrário. O nosso Sumo Sacerdote, o Pastor Universal da Igreja, o Sumo Pontífice, Sua Santidade é a pessoa de Jesus Cristo. Para que não nos restassem quaisquer dúvidas a este respeito, o próprio apóstolo Pedro foi inspirado pelo Espírito Santo para que soubéssemos que a pedra de esquina é Jesus Cristo: "Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa." (1 Pedro 2:4)
"O PAPA BENTO XVI É BEM-VINDO A PORTUGAL"
"Não só porque é o chefe espiritual da maior confissão religiosa organizada do mundo mas também porque Portugal - que já era católico nos tempos da presença romana e visigótica na Península Ibérica - nasceu como país independente no âmbito da 'Reconquista Cristã', batalhou pela fé de Cristo até ao Algarve, exerceu notável acção missionária na África, no Brasil e no Oriente, e nunca alinhou em cismas ou apoiou, com um mínimo de duração, qualquer antipapa, tal como não seguiu nunca o luteranismo, o calvinismo ou o anglicanismo. Por isso Camões nos denominou como 'Nação fidelíssima'. (...) Em primeiro lugar, e sempre, vai falar-nos de Deus e da vida espiritual do Homem; da mensagem de paz e amor ao próximo que Jesus Cristo nos legou; e do extraordinário culto mariano, de que Fátima é um dos exemplos mais impressionantes em todo o mundo." (Revista Visão, 6.05.2010, Diogo Freitas do Amaral, pp. 92,93)
É lamentável que se enalteça o que não é mais do que o fruto da censura, da perseguição e do obscurantismo religioso que impediu que Portugal tivesse acesso à livre circulação da Bíblia como Palavra de Deus, do seu exame e interpretação, que liberta de todas as tutelas e não confunde evangelização com colonialismo, nem alinha com dilatação da fé na ponta das espadas ou das lanças.
Pelo menos que alguém diga com todas as letras o que alguns procuram eufemisticamente negar - o culto mariano na essência do catolicismo romano, negando toda a doutrina bíblica do Velho ao Novo Testamento, que apenas reconhece o culto ao Deus trino.
Cardeal Saraiva Martins. "Noutras religiões em que não há celibato há mais pedófilos" (Jornal I, 6.05.2010, Rosa Ramos)
É no mínimo deselegante e pouco abonatório de quem deve cuidar da sua própria casa, disparar na direcção dos outros. Revela desorientação e desrespeito.
Para nós cristãos o celibato não é uma questão que se coloca face à pedofilia, à homossexualidade ou ao adultério, mas ao ensino bíblico como Palavra de Deus: "É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; (...) O diácono seja marido de uma só mulher, e governe bem seus filhos e sua própria casa." (1 Timóteo 3:2,12) Deus sabe o que diz. Nós fazemos bem em seguir o que Ele manda.
"O ÊXITO DE BENTO XVI"
"Ao evocar Fátima, definindo-se como um peregrino ao santuário mariano, citou o cardeal Manuel Cerejeira: 'Não foi a Igreja que impôs Fátima mas Fátima que se impôs à Igreja'." (Revista Visão, 13.05.2010, p. 86)
A Igreja de Jesus Cristo só reconhece o senhorio de Jesus Cristo. Fátima é o oposto do evangelho da graça de Jesus Cristo. O culto mariano é uma ofensa à fé em Jesus Cristo. Convidamos todos os católicos romanos a lerem a Bíblia e a concluírem por si mesmos diante de Deus, o seu Autor, acerca da verdade do Evangelho. Como cristãos evangélicos continuamos a ter pela frente o grande desafio de evangelizar esta nação portuguesa com a Palavra de Deus.