LINCOLN
No passado sábado, 9 de fevereiro, fui ver este filme que me deixou deslumbrado diante de uma personagem sóbria, simples, porque não dizer até humilde, mas determinada, resoluta e corajosa, na determinação de ver ratificada a 13ª emenda da Constituição dos Estados Unidos, que abolia a escravatura e considerava todos os homens iguais perante a lei.
Hoje passados todos estes anos, desde 1865, é difícil perceber como é que cristãos invocavam a mesma Bíblia para defender o esclavagismo, que outros invocavam para defender a sua abolição. Como é que foi possível que muitas pessoas invocassem Deus para assumir e defender que o que Deus criou diferente, não pode ser igual, e desse modo impor a supremacia da raça branca. Que ofensa a Deus, Criador do homem e da mulher à Sua imagem e semelhança; que demonstra que todos, sem exceção somos pecadores e todos sem exceção dependemos da graça e da misericórdia divina para sermos salvos de um presente e destino eterno no inferno, longe de Deus, excluídos da Sua glória e mortos em ofensas e delitos.
Um filme que mostra igualmente como politicamente se recorre a estratégias de pressão, senão de suborno, para alcançar uma lei mais justa; e que não se pode requerer tudo de uma vez, mas é preciso conquistar uma mudança de mentalidades passo a passo. Na mesma determinação da abolição da escravatura, estava o direito ao voto dos negros que só com Martin Luther King veio a ser logrado bem como o fim do apartheid, bem como o voto das mulheres.
Existem preços muito elevados que se pagam para alcançar com determinação certos objetivos, e tanto Lincoln como Martin Luther King vieram a falecer de atentados que cobardemente colocaram um ponto final no seu percurso terreno.
A Bíblia tem movido e continua a mover homens e mulheres de todas as raças, e em todas as latitudes e longitudes, de todas as culturas, estratos sociais e culturais, para fazer a diferença. Saibamos hoje estar à altura das exigências do nosso tempo. A fé de e em Jesus Cristo continua a mobilizar homens e mulheres. O amor, a graça, a misericórdia e a justiça divinos triunfarão, ou, melhor dizendo, já triunfaram na cruz e ressurreição de Jesus Cristo, e alcançarão a sua plenitude na segunda vinda do Filho de Deus. Até lá vivamos à altura do Seu exemplo e chamado.
O Discurso de Gettysburg é o mais famoso discurso do presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln. Foi proferido na cerimónia de dedicação do Cemitério Nacional de Gettysburg, na tarde do dia 19 de Novembro de 1863, quatro meses depois da vitória na batalha de Gettysburg, decisiva para o resultado da Guerra de Secessão.
Em apenas 269 palavras, ditas em menos de dois minutos, Lincoln invocou os princípios de igualitarismo da Declaração de Independência e definiu o final da Guerra Civil como um novo nascimento da Liberdade que iria trazer a igualdade entre todos os cidadãos, criando uma nação unificada em que os poderes dos estados não se sobrepusessem ao "Governo do Povo, Pelo Povo, para o Povo".
A importância do Discurso de Gettysburg é comprovada pela sua recorrência na cultura americana. Além de estar gravado no Memorial de Lincoln em Washington, DC, o discurso é estudado em muitas escolas e é frequentemente mencionado pelos media e em obras de cultura popular.
Há 87 anos, os nossos pais deram origem neste continente a uma nova Nação, concebida na Liberdade e consagrada ao princípio de que todos os homens nascem iguais. |
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- — ABRAHAM LINCOLN
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- 19 de Novembro de 1863
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- Cemitério Militar de Gettysburg