GERAÇÃO NEM-NEM

14-01-2011 14:29

"Nem trabalham nem estudam. Têm entre 16 e 34 anos e são, muitas vezes, mais qualificados que os pais. Retratos de um fenómeno à escala global" (Revista Visão, 13.jan.2011, pp. 70-79, Clara Soares e Joana Loureiro)

Lido todos os dias com a base etária desta geração na escola pública. É uma agonia. A fé é o único factor que mantêm a determinação, a perseverança, o ânimo, a vontade, o propósito, a procura de novas estratégias ou teimosamente a manutenção de todas elas. Acredito que algumas sementes lançadas poderão germinar de um momento para o outro. O futuro é incerto em relação aos equilíbrios necessários ao funcionamento da sociedade com o mínimo de estabilidade, equilíbrio e harmonia. As mudanças são vertiginosas. Apesar de tudo a família acaba por ser o esteio, mesmo quando não assumiu as suas responsabilidade e tornou-se conivente em atitudes e posturas negligentes, distantes, indiferentes.

A dado passo da matéria regista-se o desabafo de uma das entrevistadas: "Não estou zangada com Deus, mas alguém se esqueceu de mim." (p.75) Talvez um pouco ou muito, todos nós nos tenhamos e nos estejamos a esquecer de Deus, da Sua revelação, das nossas origens, do desastre que a desobediência provocou na condição humana, na redenção que o próprio Deus veio realizar para nós, da vocação dos seguidores do Salvador como sal e luz, e do futuro que não é uma utopia, de um novo céu e uma nova terra em que a justiça habita.

Acordemos da letargia. Não nos deixemos aprisionar por uma cultura da desistência, da ambiguidade, da indiferença, da acomodação, do ceptiscismo, do pessimismo...