"ENORME SACRIFÍCIO, ZERO PROPÓSITO"
Pedro Camacho, Diretor da revista Visão (18 de outubro de 2012, p. 36), reflecte sobre o Orçamento para 2013 e põe o dedo em algumas feridas.
"Limita-se a aproveitar, sem sombra de pudor e com muito duvidosa legitimidade política, a fragilidade da situação económica e social do País para fazer mais do que devia e do que está obrigado, para alcançar metas de que nunca conseguiria aproximar-se numa situação de estabilidade e de equilíbrio das forças sociais.
Este nãoé um Orçamento violento ou duro, é um Orçamento impiedoso.(...)"
A esta voz associam-se muitas outras, algumas delas insuspeitas, porque da mesma cor partidária: "Este orçamento não tem execução possível" (Manuela Ferreira Leite); "(Este OE) é sufocante para a vida das famílias e, em vários aspetos, na vida das empresas." (Pedro santana Lopes); "Está-se a entrar numa terapêutica viciosa que pode agravar a infeção. Esta receita pode gerar uma septicemia na economia." (António Bagão Félix).
Pessoalmente tenho a obrigação ética de considerar que um Governo que assim age, não batendo o pé de forma incisiva para obter melhores condições de juros e de tempo, senão mesmo negociar outras formas de financiamento para relançar a economia, está, à semelhança do que acontece em outros pontos do globo a criar um holocausto a céu aberto, condenando milhares de pessoas a uma morte lenta e agonizante, e a empurrar alguns para o abismo de um impulso desesperado.
A esperança está em quem sabe que há uma dimensão sobrenatural acima do natural de um Deus da História, verdadeiro, genuíno, que já andou fisicamente connosco aqui em baixo e prometeu que iria voltar - JESUS CRISTO. Hoje está no meio de nós pelo Seu Espírito. É d'Ele e por Ele que podemos encontrar forças e a generosidade para amparar as vítimas deste sistema iníquo.