Deus já se esqueceu de nós
“Deus manifestamente já se esqueceu de nós.” (Público, 6 de Março 2011, p. 36, Vasco Pulido Valente)
Não sabemos sequer se quem escreveu estas palavras acredita em Deus. O facto é que apesar de sermos tidos e nos termos por um país culturalmente cristão, Deus é pura e simplesmente ignorado, ficando apenas como uma ténue referência nas liturgias celebradas sem Seu nome. Há muito que se quis varrer Deus da vida pública, das decisões político-económicas, das escolhas éticas e morais. O que é que precisa acontecer na voragem deste alheamento para que percebamos que sem Deus e contra Deus, apenas nos resta o abismo do egoísmo, o lamaçal do pecado e do vício, a desesperança face à eternidade, a convicção de que somos meros bichos vindos do nada e a caminho do nada – acidentes cósmicos. E depois queixamo-nos de Deus! Queixemo-nos antes de nós próprios e arrependamo-nos enquanto é tempo!
"Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados. Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los, e voltemos para o Senhor." (Lamentações de Jeremias 3:39,40)