"Barrigas de aluguer"
“Promove-se a doença mental e a confusão sentimental" (Eduardo Sá, psicólogo; Revista Visão, 26 de janeiro de 2012, p. 78-81).
Nesta sociedade confusa em que algumas minorias pretendem impor aos outros a sua maneira de ver com base na liberdade individual e num pretenso esclarecimento científico, parece que não existem fronteiras nem limites para o que se propõe. Agora foi a vez das barrigas de aluguer.
O que pode parecer à primeira vista uma questão banal de proporcionar a quem não tem a possibilidade de ter filhos a hipótese de os ter, sem quaisquer consequências e em que cada um tem direito a agir e a decidir como quer ao sabor dos seus desejos, acaba por ser mais um passo no comprometimento da família e das relações parentais.
Estudos científicos demonstram que existe uma relação intensa entre a mãe e o feto, bem como com o pai que acompanha a gravidez. O afeto e o carinho, o respeito e a partilha entre os pais ao longo da gestação acabam por ser determinantes. Os eufemismos não resolvem a situação. Não é por se falar em mães de substituição em vez de barrigas de aluguer, que se diminuem os riscos e as consequências negativas.
"Pode a mãe esquecer o bebé que mama, abandonar o filho que deu à luz? Pois, mesmo que as mães esqueçam, eu nunca esquecerei você. Nunca!". (Isaías 49:15 - paráfrase "A Mensagem" - Editora Vida)