Ana Karenina
Outro dos últimos filmes que vi nas férias de Natal de 2012.
Baseado num romance de Leão Tolstoi, na Rússia imperial de 1870, a trama desenvolve-se em torno da infidelidade conjugal num contexto em que os valores judaico-cristãos sobressaem.
Interessante como as cenas se desenvolvem envolvendo a plateia, o palco e os bastidores do teatro e ambientes exteriores.
No fim a questão é como viver uma vida justa e como é que se sabe o que é justo. A razão é apresentada como a resposta. Um homem do campo coloca a questão se foi pela razão que o seu amor pela esposa aconteceu. Perante a interrogação simples e singela, faz-se luz e surge uma só declaração - DESCOBRI!
Para mim como cristão a tradição, a razão e a emoção precisam da revelação geradora da fé para que conheçamos mais além e mais perto.
Há razões que a razão desconhece, já dizia Pascal. Uma razão que crê, uma fé que pensa.
Um filme que aborda a questão de sempre - o homem instigado por Deus que o busca sem desistir. A nossa procura é apenas o resultado do Deus que nunca deixa de nos procurar. Não somos nós que O encontramos, mas Ele que nos encontra. Esse encontro envolve todo o nosso ser.