“Política sacrificial”
“Conheci teologias que apresentavam e justificavam divindades que exigiam sacrifícios humanos. Algumas atreveram-se a fazer, da própria crucificação de Jesus Cristo – um crime político preparado por instâncias religiosas –, uma exigência de pagamento da infinita dívida a Deus contraída pelos pecados dos seres humanos.” (Jornal Público, 16 setembro 2012, p. 53, Frei Bento Domingues O.P.)
A consequência natural de quem não leva a Bíblia a sério e não a considera como Palavra de Deus, revelação do que é o pensamento e a ação divina no plano de salvação do homem dos seus pecados. É responsabilidade de quem quer ser efetivamente discípulo – seguidor de Jesus Cristo, escutar a Sua palavra mesmo que ela incomode e fira o orgulho da autossuficiência humana. De facto a “loucura” de Deus é mais sábia do que a “sabedoria” dos homens, sejam eles religiosos ou céticos. Deus nos chama a sermos inteligentes em conformidade com o Seu pensamento.
Na realidade o sacrifício dos homens não pode salvá-los perante Deus, os sacrifícios como as peregrinações a Fátima não podem trazer ao homem o perdão dos seus pecados, as boas obras não são suficientes para garantir a reconciliação com Deus e resolver a condição do homem em desobediência. De uma forma muito clara o texto bíblico sempre contrariou qualquer sacrifício humano para alcançar o perdão divino.
Em Jesus Cristo nós temos o próprio Deus entre nós, na forma humana, precisamente para nos resgatar do nosso estado pecaminoso. Jesus morreu por causa dos nossos pecados, satisfazendo a Sua própria justiça (a justiça divina) e criando a partir daí um novo homem. Esta revelação não agrada ao humanismo, ao materialismo, ao naturalismo, à religião, ou seja, não agrada à situação do homem no seu pecado. O pecado tem horror à condenação divina determinada sobre ele.
Pedro que nunca foi papa, mas foi discípulo, apóstolo e servo de Jesus Cristo escreve de uma forma muito clara “A vida de vocês é uma jornada que deve ser empreendida com uma profunda consciência de Deus. Custou muito caro para Deus tirá-los daquela vida sem rumo e vazia em que vocês foram criados. Ele pagou com o sangue sagrado de Cristo, vocês sabem disso. Ele morreu como um cordeiro, sem culpa. E não foi algo impensado. Ainda que só agora, no fim dos tempos, o plano tenha vindo a público, Deus sempre soube o que ia fazer por vocês. É por causa do Messias sacrificado, a quem Deus depois glorificou e ressuscitou, que vocês confiam em Deus e sabem que têm um futuro nele.” (1 Pedro 1:18-21 – paráfrase “A Mensagem”, Eugene H. Peterson, Editora Vida)